segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Imaginar

Um gesto…

Um passo…

Um caminho….

No abraço…

Pequeno

Simples…

Desafio

No encontro

Do que move
Por dentro


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Voltar às origens... FUNDAMENTO E PILAR

Pequenos grandes momentos
Que
Unidos
São pontos
De fundamento
Para o caminho que podemos seguir
Basta ouvir…

E – em conjunto… sentir

Regressar ao lugar primeiro
Ao fundamento verdadeiro
De onde partiram as linhas
que se entrelaçam
Hoje numa estranha fumaça

Amanhã… um vasto tear

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pt II - Um lugar ao Sol... SOLTEM OS PRISIONEIROS!



Navios de Vida...

Que passam... 
sem rasto deixar...
experiências de verdade
que vale a pena preservar...


fazemos os movimentos
que a “tao” forma de hoje
nos está a exigir…

e pensamos
– que levamos –
o cântaro à fonte
sem nos deixamos ir…

No fundo
– é assim que se aprende –
De forma subtil…

ser coerente…
é forma
que demora a surgir...

aprendamos então...

Com quem SABE

Mais do que o nome
os que Têm em si a arte
da idade

Da vida
Da alegria
Da sintonia
Dos momentos

FUNDAMENTOS

Vividos e verdadeiros

da vida esquecida

a nós cabe
destrancar as portas
que derrotam

a vida em nós
naquela mão solta
a dos calos
a da vida fria
a da derrota

a das frieras e chagas
a da pele ressequida e cansada...

que dá carícias e abraços
beijos baços



até serem iluminados
por outra vida

que desperte em si
a perspectiva
de serem eles vida

válida
firme
e verdadeira...

que
depois de ter dado
 vida à vida
merecer a picota...

e perecer calados...

assim é dever



Dar de nós
A vida
a nós confiada
a que dentro de nós
Se abre

e as portas 
esmague
e os grilhões desaperte
entre abraços

cada qual
os de lá 
e os de“cá”…

ambos humanos
desde ambos os lados
de uma barreira vã

todos certamente
tem muito para DAR
para sentir e partilhar…

Com tempo,
e aprofundamento

Mestres Ocultos
verdadeiro sustento

Quando a humanidade
se esvai…

Arte… marcial…
do tempo actual…

 Em todos
os que levam vida

e esperança
que aparece perdida

onde a vida
ainda tem muita vida
para dar…

asilos….
…lares…
Hospitais…

Prisões frias
Dos tempos actuais

para a terceira idade
cadeias sem piedade...

onde fomos colocar
os grandes maiorais...

experiências de vida
que merecem
de nós o respeito
de ter em seu peito
muito mais… 

para dar
 e verdadeiramente ajudar

nestes tempos
sem fundamento
que estamos a atarvessar...

e merecem pois

muito 

MAIS

Do que apenas
as celas pequenas
de lugares vazios
da rotina que anima
e do próprio brio

Brilhemm pois eles
ENORMES…

Fachos do fogo que não dorme
da FORÇA que não vergou…

Nem ao vento que sopra forte
nem ao frio tratamento
Nem à correria deste tempo
De mar bravio e parco fundamento

FORÇA VIVA 
que nunca pactuou

Firmes
 – homens e mulheres - 

Que fizeram as pedras
onde a nossa vida
hoje se ergue

e a barca do por-vir
o seu leme e velas
sejam eles a gerir..

coisas singelas
que eles sabem
bem coordenar

e usufruir...

em vez 
de presos
por crimes
que não cometeram
por não serem eles
objectos úteis
a este monte de trapos velhos
trebelhos
e engenhocas de cabeças loucas
que trocam vidas humanas
por frios conselhos...

DESPERTAR

é encontrar

de novo

eo seu verdadeiro lugar

que é entre nós

a saber
orientar...






domingo, 3 de novembro de 2013

No mundo dos pequenos grandes exemplos... PT - I








No mundo da gente grande…

Há tempo para se Ouvir,
para se ver,
sentir…

falar…

compreender
e aprender…

eis o AGIR…

No mundo da gente grande.. .
damos as mãos…
sejamos novos ou velhos
 – somos todos irmãos…

Seres humanos
De igual condição…

No mundo da gente grande
 – temos todos algo a  aprender
E a ensinar…

Por mais que não seja
Há sempre um dom para mostrar
Seja uma piada matreira
Seja um sorriso de gente verdadeira…

Há sempre VALOR A SE PARTILHAR…

Somos gentes com coragem,
experiências…
vidas…
intensas
– verdadeiramente sentidas -
que se entrelaçam
e se aprendem
– com tempo e disponibilidade…

Como numa dança…
Arte por criativa…
Marcial, por implicar disciplina
Gente que cresce – em cada segundo que se entrega…
Valorizar do tempo… além do cifrão sem fundamento…

DEVOÇÃO – dar tempo ao tempo
 E – nesse tempo -  dar atenção…

Nesses tempos – neste nosso tempo
– eles lá estão…
ali – bem à mão…

Os novos escutam os mais velhos…
e os tais “velhos” mostram o que são…
aprendem-se coisas novas
as que não lembram nem “á senhora”…

Tanto valor…
merece o louvor
De quem possa
Quem queira

Quem consiga
estender passagem,
passar mensagem
Além daquela invisível barreira…

os traga de volta…
de forma verdadeira
Uma vida inteira…
Verdadeiro Valor
entre tanta pasmaceira…



Agora – são precisos…
Mais do que nunca

Nestes tempos indecisos…

Nos que rebanho, 
pastagem e pastor
 Andam à nora 
sem senhor…

Coisas como rir,
sorrir,
dar gargalhadas…
compartir…

aprender…
a confiar…

Em si…
na capacidade
– de saber
e sentir…

andando depressa
ouvindo devagar…


Nesses tempos
 – já velhos –
nos que nos juntamos

sem mais nada pedir 

domingo, 29 de setembro de 2013

Fluir




A Dança e a Arte...

...praticadas com entrega, devoção e continuidade - 

são os caminhos antigos que unem os nossos anseios mais íntimos... ao mundo sublime que em nos se exprime...

Transformando - a força que nos ilumina - seja a defesa da vida da força masculina, seja o entrelaçar entre seres para abrir portas a outros viveres...

Existe um caminho vivo - um caminho entre mil... 
rota fina à que se aspira, 
gerar sintonia 
- com o elemento interior - 

voz maior - 
que tudo abraça... 
alimenta e ampara...

ir além do que se pensa... ansiar por mais - doando de si nessa busca imensa 
- até encontrar o que em nós nos faz...

Dança e vida - arte que se traz - desde o outro lado da cortina - para o nosso mundo realçar...

entre os degraus que se elevam - danças de forma regular - dançar a brisa e o vento, a chuva, a água e o tempo, a rocha viva e a luz maior.... 

sentimento - sereno, puro firmamento - na certeza do nosso mundo inteior...

Verdadeira flor cristalina que a vida - desde dentro - ilumina...




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Arte Marcial Original






Mais do que o combate, é a dança com o todo que marca a pauta.. mais do que os homens tombados, são aqueles elevados pelo elevado refinamento da arte marcial... 

Jet li "dançando" no "topo da Montanha" - FEARLESS (clicar)


A escada de Jacob, o monte Olimpo, a subida – degrau a degrau – para graus da extrema pureza consciente…

O ir caminhando, ajudando, partilhando – com o que se é o que é dado a saber – por esse espírito universal – nome entre nomes que nada mais  definem – que nos orienta e alimenta se assim houver sólo firme, substrato para plantar… 

para que cresça a vida em nós.. 
a vida que é em nós.. 
a vida que somos nós… 
indivisos, completos…
 integrados… 
partes desse grande “eterno”…

interno...
evocado...

Palavras para quê 

– se um tao ilumina o rosto de um velho, lhe devolve a esperança a qualquer humano que esteja perto: 

seres de criança, com a vontade de viver e o acreditar que há sempre algo mais... orque o demonstram e provam que o há...

Palavras para quê… se aluz da vida, se essa imensa alegria – que nem se pode descrever ou contar – entra como a verdadeira chama antiga e ilumina alguns rostos num lar?...

Palavras a mais – para dizer como se desafiam as crianças perdidas entre as restrições da sociedade enlouquecida e os “nãos” dos medos de seus pais…

Palavras são isso mesmo – ecos do sopro que é o nosso alento…

Como poder usar tamanho portento: 

– como apontar a força desse enorme fundamento – 
para elevar, libertar, promover e refinar?...

Dar, poder doar, com um método firme, sólido  e milenar…

Através dessa  ferramenta universal 
que é o corpo vivo que nos foi dado a habitar…

Ir além…amigos, 

cúmplices na vida 

– os que connosco caminham - 

 que nos fazem sentir essa sintonia... 

esse calor que nos anima,

 nos une e nos faz ser mais

em cada novo dia

Há tantas formas de amar, 
antas de aprender a caminhar…

Juntos mais fortes 
– e na sala de honra – 
no espaço de privilégio 
preparado com devoção
sgrado
gerações de devanceiros 
que se entregam ao grande ansejo –

peregrino e pioneiro

 de refinar, despertar, iluminar…

unir e entrelaçar as humanas consciências
 numa forma sublime de ser como um mar…

Mil vagas, vagas mil, 
todas imensas, todas subtis…

ondulando o mesmo acompassado fundamento..

 cada qual elevada pelo seu intimo elemento…

 uma chamarada ao vento elevada… 

cada uma –sendo vaga – na mesmo 
o seu mesmo Mar...

– em sintonia… 
sinergia – 
se fazem mais…

E mais… e mais…
até se elevar aos céus 
de onde se  atreveram a mergulhar…


E mais e mais e mais… 
até ao nosso lar regressar 

– elevando os irmãos do caminho:

aqueles que queiram lá voltar...

sábado, 10 de agosto de 2013

Arte além do material - FORÇA da VIDA




Las políticas exclusivas consumen...
...el germen de la vida que nos nutre... 
...transformado el arte en vil metal...



Que no caigas tu en la trampa – de dejar-te llevar por caminos que van en contra de lo que el corazón manda …

Una mano extendida - un día - fue una orden - como la mía - para ver se regresaba el que se fue sin avisar...

si así fuese, se deja detrás la melodía de la mano amiga dispuesta a ayudar... el arte más elevado – de ayudar a propios o extraños –

es nuestro mismo ser el que vemos del otro lado de ese espejo que aún insiste en separar…

lo que en verdad es uno, nos une por dentro – como gotas de un mismo mar…

Hoy no veo fotos de quién admiro - porque alguien oscuro os dijo - que no podría ver lo que vi -  sin hacer nada que fuera gris, oscuro fuera de lo normal...

Amor al arte – que nos rellena por dentro y nos invita a ser parte – del baile universal…

Algo que no se posee, no se retiene… ni se teme… ni se da, ni se compra ni se vende… ni se pueda robar, copiar o controlar…

Germen de vida que es de todos y a todos debe alimentar…así – a todos nosotros -  nos llama y invita – por boca de otros – a aprender y divulgar…

Las políticas exclusivas consumen - el germen de la vida que nos nutre... transformando su arte en vil metal...

Recuerdo una niña que empezaba a planchar-se la ropa... que era inconstante e se retrasaba... que de si misma dudaba…

ahora es niña echa… mujer que acecha detrás de la máscara que és tentada a usar…

Otra persona crece así en su lugar… espero despierte y escoja el camino recto para volver a su hogar…

Ese corazón que late… que herido o perdido – aún es de la vida… su arte – en cada latido sintonía que cura la propia vida y la vida en si vuelve a despertar…

Sin desesperar de las caídas, los errores y las perspectivas de otros seres perdidos que se cruzaron en su caminar…

Sigo esperando – un día – ver-la surgir de entre las llamas que – dicen los del otro lado, sirven para templar y no para quemar…

Dicen tantas cosas esas cabecitas locas… dicen que es la mentira la misma cara de la verdad… sea su voz la que se equivoca… sean sus cabecitas locas… sea otra cosa lo que les hace así hablar…

El Amor que los mantiene – ese nunca se cansa de esperar… un día… un cierto e cercano día… se atreverán de una vez por todas a despertar y – sin miedo – a abrazar la verdad

Por ahora… oscuros juramentos inmolan la vida de todos los que les creen… de todos los que tocan… los mismos juramentos hechos por sus mismas bocas…

en palabras rehechas para dar la vuelta a quién no se equivoca… la vida de los que poseen porque a ellos confían desde niños su propia verdad…

Pastores vanos… viles gusanos… que venden como esclavos a otros – sus hermanos – para mantener así su vanidad…

Y siguen… y mienten… y no comprenden… que en cada mentira suya…en cada “verdad” que inventen… nace una nueva melodía – fría y destorcida -  que termina por enterrar su vida, su belleza y su verdad…

Rotos… sus juramentos locos… libres será: sus propias vidas… sus ansias infinitas y las vidas de todos los que obligaron así a doblegar… 

disueltas las cadenas... con forma de diademas y pulseras… anillos de  falso oro rojo:

expuestos al Sol de la Vida y la más pura verdad…destruidos sus fundamentos… torres vacías de vanidad... nubes de polvo del que no debían haberse alzado en realidad...

Con miedo caminan… pues Temen, luz de la luz que los puede liberar… por eso inventan, ocultan, esconden, codifican y así se corrompen…

mezclando el aliento vano en su vanidad se pierden sin despertar… de entre los laberintos dementes que ellos mismos ayudaron a crear…

Pero – si quieren – un día… puede que la universal melodía… los toque… y los invite de nuevo a cantar…

Sublime es el arte… de la que son ellos parte… abriendo los ojos… dejando esa luz entrar…

Podrán crecer… el universo entero embellecer… al sentir… al vibrar…. al sonreír… de nuevo…

Rostro pleno… corazón latiendo vivo... en vez del negro olvido... en donde les dijeron que lo debían enterrar…

Serán como siempre fueron – volverán al eco vivo y verdadero…oirán su voz por entero… volverán a Ser…

Hojas semilla al vuelo… los que germinan de nuevo… entre la gran inmensa brisa abrazando el mundo entero... volverán nuevamente a pairar…

A oír la voz del viento… el suave clamor de la luz en el mar abierto… la sintonía que cantan árboles y la brisa… e serán ellos parte del gran ser Universal…

… seres estrella… hoy entre la bruma y la niebla – pueden ser ellos la flor más bella que despierte entre la tierra y ese cielo verdadero que todos esperan ver despertar..

Semillas de luz pura que la sombra que ya demasiado dura pueden ayudar a iluminar…

Secretos… semillas olvidadas… entre las charcas… entre el lodo más profundo… de ese extraño mundo… que es corazón humano que quiere regresar a su hogar…

… si quieren.. algún día… encontrarán así su hogar… peregrinos extranjeros… entre el fuego y el hielo…

Sombras vespertinas….entre ilusiones sin vida… que invitan la conciencia perdida a perder-se para no más regresar…

Un saludo... las coincidencias en la vida son siempre eco de esa “extraña” sintonia, que canta y encanta más allá de lo que podamos imaginar…


Mucho más allá...



Hasta cuando nos marchamos lejos
por cobardía o por despecho, 
por un amor inconsolable, 
cuando en casa el tiempo pasa sin vivirle
y lloras porque no sabes por qué
una fuerza enorme esta en nosotros mismos, 
la sencillez de lo sencillo,
donde las luchas son inútiles, 
es más fuerte que una muerte incomprensible, 
es vencer esa nostalgia que nos se va de tí.

Tienes que poner los dedos en tu herida
y entonces sentirás la fuerza de la vida,
que te conducirá, lo sé,
amor, ya lo verás, 
a la salida que hoy no ves.

Cuando te recomen los silencios
y el corazón les pone precio
con un rumor insoportable
cuando te hundes y no puedes levantarte, 
y hasta cuando la esperanza 
piensas que se perderá.

Es la voluntad que a todo desafia, 
es nuestra dignidad, la fuerza de la vida,
que no preguntará que es la eternidad, 
aunque sepa que la ofenden, 
o que la venden sin piedad.

Tienes que tocar el fondo de tu herida 
y reconocerás la fuerza de la vida, 
que te conducirá, lo sé, 
no te dejará marchar, 
no te dejará, ten fe.

Hasta dentro de la carcel 
de esta enorme hipocresía, 
y en los fríos hospitales 
de ese mal de nuestros días, 
una fuerza te vigila, 
tu la reconocerás, 
es la fuerza testaruda que hay en tí, 
que sueña y no se va de tí.

Coro: Es la voluntad 
más fragil e infinita, 
es nuestra dignidad,
la fuerza de la vida.

Es nuestro amor, la fuerza de la vida, 
que no preguntará
que es la eternidad, 
porque siempre por nosotros luchará, 
y no nos dejará.

Coro: Tienes que tocar 
la llaga de tu herida, 
y reconocerás 
la fuerza de la vida.

La fuerza dentro de tí, 
la tienes que presentir 
y allí estará, 
la fuerza de la vida, 
que te conducirá, lo sé, 
que susurra convencida 
lo importante que la vida es.







sábado, 27 de julho de 2013

Suprema Cumieira... A ida...



falando da NOSSA RAÍZ...

das pedras que nos sustentam 
- por dentro e por fora... se lamentam...

tempos nos que o sopro da vida 
era a pauta que se seguia...



tempos nos que se chora 
- por dentro e por fora – 
essa memória 
entre os novos tempos esquecida…

Fado ou saudade... 
desta nossa gente viva...
Dessa nossa própria Vida…

Agora- estamos "sós"...
Vogando…

contra vento e maré navegando...
num tempo sem fundamento...
no que a luz parece esmorecer por dentro…



Brumas se levantam...
Castelos de esquecer...
Temer e Poder... 
Dragões e Leões
Que se erguem e nos esmagam...

Mostrengos de outrora…
Saltando de entre a memória...
Desafiando a alma que chora...
O domente que se demora...

Treva que a Alma teme
Esquecimento, dissolução… 
afundamento…



Vida 

– ÁGUA VIVA –

a que se esvai num eterno pântano...
a que recorda a sua verdadeira história... 
Novo fluir da memória...

Esperando…
Coração fiel…
Despertando do encanto…

Sereias de voz de mel...
Contra as rochas nos guiando…

Onde…

Chama branca e pura…
Que se esconde…
Esperando…

Quem…

Rasgue o véu do tempo…
E traga à vida o novo alento…

Canto puro, vero, seguro...
Voz em ecos de “esperanto”…

Voz eterna… universal… sincera…
Voz de quem quer tanto… amando…

Voz primeira… 

A de quem se entrega…
Ave de fogo em cinza mergulhando…

Vida anterga,
eterna,
antiga… 
viva...
que toda a outra vida desperta…



CELEBRANDO

De entre as rochas se erguendo…
Manancial puro correndo…
Tudo tocando, inundando…
vivificando…

De dentro do peito fluindo
De mão em mão se anunciando…

Qual a força rasgando…
Essa treva escura…
negrume como crude
À pele da alma se colando...

Eis a treva invisível que nos segura…
Tecendo fios de negrura…
Com a nossa própria vida nos assustando…



Quem? 
Lance o grito da ave voando…

Quem? 
O rugido de leão entre as rochas ecoando...

Quem?...
Eco imenso as trevas dissipando…

Quem o lamento da águia se elevando...
Ganhando em força e poder…
Mergulhar assim na treva seu querer... 
A treva assim iluminando…

Quem que cure…
Essa nossa mão firme segure…

Quem que respire…
Nosso mesmo sopro vital inspire…

Desde dentro nascendo…
Desde fora insuflando…

Quem…
faça a vida de novo fluir…

cantar…
cintilar…
sorrir...

nos rostos vivos e livres…
humanos escravos 
grilhões de ignorância libertados...

esferas de luz vibrando...
voltando... regressando...

roteiros da vida a cintilar...
caminhos de novo a brilhar,

ao se elevar… 

veredas clareando...
nas asas do vento pairando…

Na melodia eterna ecoando…

Simples… 
suave… 
sublime…

Como sentir… 

Brisa em ti… 
e em mim…

Calor ameno 
Mão em mão em segredo
Se sustendo… além do medo...
Irmão no irmão se reconhecendo…

Eco vivo...

Coração em coração…
Peito em peito aberto…
Fundamento pleno... 
Da Vida a razão

Anima viva elevando seu pranto
Voz de sopro subtil…
Se anunciando...

Água pura do peito jorrando…
Alimentando...
Abraço eterno...
Todo um povo sedento…



Vivificando...

Sintonia que se produz…
Olhar cruzando olhar…

Contemplando…

Mesma luz… 
Assim se reproduz…
Esperança entre o pranto...

Anunciando…

Sorrir…
Sentir-se “subir”...
"Recordar”… 

Ressurgir…

Rebentos de vida…
Semente esquecida…
Na terra escura e fria…
Árvore da vida no peito,
De novo brotando…



Quem?…

… desperte essa chama…
Viva Vida que reclama…
As vidas esquecidas…

Proclamando…

Livre é o Ser...
De entre a ignorância e o poder...

Este é...

Puro e simples…

Novo canto...?

Neste “entretanto"
Já não estamos sós...

sempre esse eco amigo entre nós...
sempre um momento no que
- abertos à vida –
ela sorri num outro rosto...

numa pessoa amiga...
numa criança que passa...
na brisa que nos abraça...
na montanha viva…



Rocha anterga que nos sustem e afaga…

Que nos fala...

Entre as vagas…
Do mar e da maresia
- bramindo ou cantando –

Contando as histórias antigas
Sobre a areia da praia ferida...
Em suaves gestos se desenrolando…

Outrora ela força viva
Na rocha ecoando...

Caminhos esquecidos…

A caminho do que nos faz seres livres...
Vivos...

Opção conciente…
Desde dentro
evocando

…sintonia…
- com a vida...

...formas indefinidas…
em ecrã oculto 
nos mantém velados…

Véus perdidos de tons garridos…
Mantendo fixos os nossos sentidos…
sempre de costas para a Fonte...



Viva... 

Chama que cria...
 em ti se manifestando...

Sombra adorando…
assim Contemplando…

Múltiplas formas cintilando...
Com elas nos identificando…

Sintonias antigas

Por comparação se desenrolando…
Montanha russa e festiva…

Sem final nem eco, nem som nem perspectiva...
Linhas se substituindo e entrelaçando...

Eternas melodias... na vida vibrando...

Assim Sabendo
- já mais duvidando –
são as sombras um puro teatro...



Consciência que se contempla…
Vista desde um outro lado...
Narciso esquecido…
Nas águas desse seu rio afogado

Evocando…
Luz que não vês
Aquel@ que não és…

Essa luz que se reflecte
Que em ti se compromete

Caminhando assim
- lado a lado –

somos mais fortes…
realmente presentes...

Estando… 

Ausentes…

Mais perto… 

Desse “outro lado”…

Passos subtis certamente
Para o Lar Universal
Fonte de luz… de vida…
Lugar interior no silêncio anunciado...

Pequenos gestos manifestando...
Relances de luz...
Vida que mais não se seduz
Se esvaem os véus deste templo…

Fundamento
Entre paredes...
Adornos... e contornos…
Quadros antigos…
Pensamentos sustidos entre suas redes...

Janelas abertas para o infinito...
Uma porta... aparente mente… torta…
Caminho... além do destino…
Opção além da opção… comporta…
Para cada um dos que voga...

Lugar além do eco da memória...

Traçado original para onde volta
Cada uma das gotas de Orvalho
Desse Ros antergo e sagrado

Encontrado… 

assim é seu eterno...

(A)Mar...



Vou vogando...
vou treinando...
ainda esforçando...

Algo entregue de forma breve...
Simples... 
serena... 
suave... 
leve...



Ar...

simples... puro... cristalino…
deslizando... no etéreo pairando...
como outrora... 
essa luz imensa que nos adora...

algo que nos gera e conforma...

algo que palpita...
com vida própria...
eco do que somos forma...



essência cuja convergência vai dar em nós
sem se perder o Norte
direcção além da sorte…
compromisso vero, 
fidedigno…

Real…




Caminho de “ida... volta"...
Subindo esse monte…

degrau a degrau…