sábado, 27 de julho de 2013

Suprema Cumieira... A ida...



falando da NOSSA RAÍZ...

das pedras que nos sustentam 
- por dentro e por fora... se lamentam...

tempos nos que o sopro da vida 
era a pauta que se seguia...



tempos nos que se chora 
- por dentro e por fora – 
essa memória 
entre os novos tempos esquecida…

Fado ou saudade... 
desta nossa gente viva...
Dessa nossa própria Vida…

Agora- estamos "sós"...
Vogando…

contra vento e maré navegando...
num tempo sem fundamento...
no que a luz parece esmorecer por dentro…



Brumas se levantam...
Castelos de esquecer...
Temer e Poder... 
Dragões e Leões
Que se erguem e nos esmagam...

Mostrengos de outrora…
Saltando de entre a memória...
Desafiando a alma que chora...
O domente que se demora...

Treva que a Alma teme
Esquecimento, dissolução… 
afundamento…



Vida 

– ÁGUA VIVA –

a que se esvai num eterno pântano...
a que recorda a sua verdadeira história... 
Novo fluir da memória...

Esperando…
Coração fiel…
Despertando do encanto…

Sereias de voz de mel...
Contra as rochas nos guiando…

Onde…

Chama branca e pura…
Que se esconde…
Esperando…

Quem…

Rasgue o véu do tempo…
E traga à vida o novo alento…

Canto puro, vero, seguro...
Voz em ecos de “esperanto”…

Voz eterna… universal… sincera…
Voz de quem quer tanto… amando…

Voz primeira… 

A de quem se entrega…
Ave de fogo em cinza mergulhando…

Vida anterga,
eterna,
antiga… 
viva...
que toda a outra vida desperta…



CELEBRANDO

De entre as rochas se erguendo…
Manancial puro correndo…
Tudo tocando, inundando…
vivificando…

De dentro do peito fluindo
De mão em mão se anunciando…

Qual a força rasgando…
Essa treva escura…
negrume como crude
À pele da alma se colando...

Eis a treva invisível que nos segura…
Tecendo fios de negrura…
Com a nossa própria vida nos assustando…



Quem? 
Lance o grito da ave voando…

Quem? 
O rugido de leão entre as rochas ecoando...

Quem?...
Eco imenso as trevas dissipando…

Quem o lamento da águia se elevando...
Ganhando em força e poder…
Mergulhar assim na treva seu querer... 
A treva assim iluminando…

Quem que cure…
Essa nossa mão firme segure…

Quem que respire…
Nosso mesmo sopro vital inspire…

Desde dentro nascendo…
Desde fora insuflando…

Quem…
faça a vida de novo fluir…

cantar…
cintilar…
sorrir...

nos rostos vivos e livres…
humanos escravos 
grilhões de ignorância libertados...

esferas de luz vibrando...
voltando... regressando...

roteiros da vida a cintilar...
caminhos de novo a brilhar,

ao se elevar… 

veredas clareando...
nas asas do vento pairando…

Na melodia eterna ecoando…

Simples… 
suave… 
sublime…

Como sentir… 

Brisa em ti… 
e em mim…

Calor ameno 
Mão em mão em segredo
Se sustendo… além do medo...
Irmão no irmão se reconhecendo…

Eco vivo...

Coração em coração…
Peito em peito aberto…
Fundamento pleno... 
Da Vida a razão

Anima viva elevando seu pranto
Voz de sopro subtil…
Se anunciando...

Água pura do peito jorrando…
Alimentando...
Abraço eterno...
Todo um povo sedento…



Vivificando...

Sintonia que se produz…
Olhar cruzando olhar…

Contemplando…

Mesma luz… 
Assim se reproduz…
Esperança entre o pranto...

Anunciando…

Sorrir…
Sentir-se “subir”...
"Recordar”… 

Ressurgir…

Rebentos de vida…
Semente esquecida…
Na terra escura e fria…
Árvore da vida no peito,
De novo brotando…



Quem?…

… desperte essa chama…
Viva Vida que reclama…
As vidas esquecidas…

Proclamando…

Livre é o Ser...
De entre a ignorância e o poder...

Este é...

Puro e simples…

Novo canto...?

Neste “entretanto"
Já não estamos sós...

sempre esse eco amigo entre nós...
sempre um momento no que
- abertos à vida –
ela sorri num outro rosto...

numa pessoa amiga...
numa criança que passa...
na brisa que nos abraça...
na montanha viva…



Rocha anterga que nos sustem e afaga…

Que nos fala...

Entre as vagas…
Do mar e da maresia
- bramindo ou cantando –

Contando as histórias antigas
Sobre a areia da praia ferida...
Em suaves gestos se desenrolando…

Outrora ela força viva
Na rocha ecoando...

Caminhos esquecidos…

A caminho do que nos faz seres livres...
Vivos...

Opção conciente…
Desde dentro
evocando

…sintonia…
- com a vida...

...formas indefinidas…
em ecrã oculto 
nos mantém velados…

Véus perdidos de tons garridos…
Mantendo fixos os nossos sentidos…
sempre de costas para a Fonte...



Viva... 

Chama que cria...
 em ti se manifestando...

Sombra adorando…
assim Contemplando…

Múltiplas formas cintilando...
Com elas nos identificando…

Sintonias antigas

Por comparação se desenrolando…
Montanha russa e festiva…

Sem final nem eco, nem som nem perspectiva...
Linhas se substituindo e entrelaçando...

Eternas melodias... na vida vibrando...

Assim Sabendo
- já mais duvidando –
são as sombras um puro teatro...



Consciência que se contempla…
Vista desde um outro lado...
Narciso esquecido…
Nas águas desse seu rio afogado

Evocando…
Luz que não vês
Aquel@ que não és…

Essa luz que se reflecte
Que em ti se compromete

Caminhando assim
- lado a lado –

somos mais fortes…
realmente presentes...

Estando… 

Ausentes…

Mais perto… 

Desse “outro lado”…

Passos subtis certamente
Para o Lar Universal
Fonte de luz… de vida…
Lugar interior no silêncio anunciado...

Pequenos gestos manifestando...
Relances de luz...
Vida que mais não se seduz
Se esvaem os véus deste templo…

Fundamento
Entre paredes...
Adornos... e contornos…
Quadros antigos…
Pensamentos sustidos entre suas redes...

Janelas abertas para o infinito...
Uma porta... aparente mente… torta…
Caminho... além do destino…
Opção além da opção… comporta…
Para cada um dos que voga...

Lugar além do eco da memória...

Traçado original para onde volta
Cada uma das gotas de Orvalho
Desse Ros antergo e sagrado

Encontrado… 

assim é seu eterno...

(A)Mar...



Vou vogando...
vou treinando...
ainda esforçando...

Algo entregue de forma breve...
Simples... 
serena... 
suave... 
leve...



Ar...

simples... puro... cristalino…
deslizando... no etéreo pairando...
como outrora... 
essa luz imensa que nos adora...

algo que nos gera e conforma...

algo que palpita...
com vida própria...
eco do que somos forma...



essência cuja convergência vai dar em nós
sem se perder o Norte
direcção além da sorte…
compromisso vero, 
fidedigno…

Real…




Caminho de “ida... volta"...
Subindo esse monte…

degrau a degrau…