quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Arte por devoção


o caminho segue
por lugares e veredas
por gentes verdadeiras
por terras inteiras
pelo mar de amar
que nos perfaz

pelas vidas plenas
e cheias
que assim
em vida

reflectida

nos dão a própria vida
a que por dentro nos faz



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Arte por origem e devoção - sentido de vocação à integração...

Porque existe a arte?


poderão não dar azo 
a que as licenças estejam validadas

ou a que os lugares vedem
 as portas que sempre abertas
apareçam fechadas

Poderão ter "poder" para gerir 
o que se pode "ver"

na para interferir na decisão 
e na opção por devoção
que dia a dia
por dentro
está a se suceder

...NÃO...

Lembrar a quem ama o que pratica
e quem crê no que - vai mais além:

que algo guia e segue a ensinar

que algo se partilha com quem precisa
e ajuda mesmo quando não está lá ninguém para ensinar

que algo está por dentro a se mostrar
mesmo quando não há a companhia

- de irmão ou irmã - 
para assim
sim
 poder 
ajudar 
lembrar...

essa vocação 
que não tem princípio 
nem final

existe onde esteja 
quem a porta
porta sempre aberta
além das leis sem justa causa
que a pretendam "ajudar a fechar"

está
ali 
em quem
e
onde 
se pode aplicar

mais além de onde
se agregue
e se reserve
para algum qualquer dia
que se possa

assim
talvez

quem sabe

...precisar...

Além da incipiente vontade
que marca a pauta 
entre a pequenez 
e a "maioridade"

seja no próprio
ou em quem assim puder receber
a dádiva e o dom
que assim não se podem conter

esse algo que nos é dado
sendo cada qual - praticante - convidad@

Algo...
que nos foi dado a guardar, 
a manter 
e a 
partilhar

 e a suster 
tal qual 
- em origem - 

original

sem transformar nomes
 em letras pequenas 
e gentes 
em letras iguais

a ajudar 
a fazer crescer 
as gentes 
e as maiúsculas 
em leras grandes
 e capitais

ARTE MARCIAL POR ORIGEM
ARTE MARCIAL ORIGINAL
ARTE MARCIAL POR DEVOÇÃO
ARTE MARCIAL POR OPÇÃO

ARTE MARCIAL 
QUE JORRA
E FLUI
E SE MANIFESTA

DESDE ESSE CENTRO
QUE DIA A DIA
PASSO A PASSO
SE TRANSFORMA
E SE VÊ
CADA DIA
MAIS PERTO
PARA QUEM ASSIM O CRÊ...

... E PRATICA...





"Hua to",  a dança dos cinco animais…
"Bodhidharma"… uma personagem mitológica…

Sendo a “Dharma” uma via e “Body” uma forma de árvore… onde se iluminam seres… como “Buda” implica “iluminado” e ficando debaixo dessa “árvore de abundância” – da arte que falamos – assim somos nós nominados…

Hua To – curava, cuidava, ajudava – com dança… com movimento, expressividade, vida 

– com base em “cinco animais”… que nada tema ver entre si.. um alce … um urso… alguém conhece esse estilo nos dias de hoje?... 

conjugar os elementos - do Ser Humano.. e ajudar a que a Harmonia que todos trazemos dentro, se faça “verdade”… em verdade… caminho e via… 

...de crescimento, de entreajuda, de sustento… de aprofundamento na Humana experiência e no seu Fundamento – Vida e Vitalidade



"Bodhidharma" uniu, o que estava separado – como “símbolo” assim juntou e assim ajudou:

 – a respirar... a gentes de outro lugar – não importava a nomenclatura – importava era ajudar…

Sejam uns “Hindu”… e tudo o que daqui se possa inferir.. sejam outros “Budhi” e tudo aquilo que dali acabou por sair…

Gentes de altas alturas, que respiravam a duras penas, que aprenderam técnicas antigas dos amigos que passam… as tais…

e assim – reunindo técnicas – se lançaram, 

missão entre os “comuns” desenvolveram…

… e assim ficaram – mais não nos seus nichos de escola 

– lançaram-se entre as gentes e entre as gentes plantaram semente… semente duradoura… por ser DE VIDA!...



Dos lugares de China chegam aos nossos dias colares de contas, "mantras" e exercícios ditos espirituais… 

...são formas de estar em sintonia, em Harmonia… 

como pequenas taças que servem para vibrar melodias – de formas simples – trazidas todos os dias – como pequenas "malgas de sopa" assim tidas… 

assim como almofarizes “disfarçadas”… "amalgamas" de metal nobre feitas por quem sabia – e .. curava…

Perde-se por vezes o sentido ao se ver divagar – como salta para Okinawa – e no japão – Zen – se faz de novo brotar…

Entre senhores feudais a conhecemos – e antes não lembramos.. quantos e quantas assim nomeamos…

Sejam as fileiras dos místicos –que nada revelavam..."ninjas" estranhos que parecem como assassinos assalariados...

 – como os “achachim” que eram conhecidos pelo Haxixe – NÃO TANTO por serem "sicários"...

– que entre “mudras” (mão e cérebro ligados – mãos em forma de oração – palma com palma ligadas… dois hemisférios em sintonia "silente" – de forma velada e ao mesmo tempo revelada) 

e entre outros sistemas: vários… curavam… e cuidavam…

Tão simples como bolas de pedras, de quartzo e suas variantes – sejam estes "rosadas" ou de cores "esverdadeadas" para os de outros lados- "Baoding" de nome assim... simples tesouros... de tão evidentes "guardados"...

 – que nos ajudam… tanto tanto...

... que estimulam esse "tal", que está na caixinha em crâneo "fechado", que desenvolvem "ambidestrismo", estando plenamente sentado, sensibilidade para o toque sem se ter um instrumento musical tocado... 

e que promovem um efeito – "piezoeléctrico" – por ser assim aquecidas e apertadas… esferas... coisas simples – grandes “tesouros” – “Bao” – bem perto do nariz.. tão longe como a gente o "diz"…

Arte por devoção e origem e atenção… ao Humano e ao seu desenvolvimento, suave ou lento

dependendo de quem observe, de quem preserve essa linha de aprofundamento e a guarde e salvaguarde 

– com todo o seu legítimo e devido respeito…

E a estude – que tanto tem ainda para revelar – caixinha de surpresas que irá ali até onde fores e onde esta te puder levar…

Tão Universal como o teu próprio pensar, o teu próprio mover e sorrir e crer sem mais duvidar:

passo a passo, lentamente, devagar – melhorando qualidades, refinando as que ainda tens por refinar e promovendo as já latentes, e as pré-existentes naqueles e naquelas com quem te for dado a partilhar…

Arte por origem, opção e vocação – arte marcial por Devoção



se está no coração
se a atenção
a devoção
apontam nessa direcção
lentamente... algo acontece
e a "árvore da vida" 
- aparece - 


Nota:

Arte sublime – que como Garça que voe se expressa e exprime…

Subtil, como cobra que flutua entre as águas e assim passa.. sem se notar: 

silente, espiralando, vital…


Mil e uma formas de se “respirar”, esta arte e forma de vida a se partilhar… 

uma vida inteira a se entregar e à qual se devotar

 – ainda e também "investigar", indagar - mergulhar, deixar-se imbuir e aprofundar: 

vivenciar 

e – assim – talvez – pouco a pouco, poder legar…


Dança entre praticantes
como o é... 
como era d'antes...

onde o mestre que se esconde?

quem domina e comanda a dança?

quando a Vida assim 
- aparece - 
 e transparece 
numa forma de arte


via em devoção
"marcial" por dedicação constante
caminho de Vida 
Sendo Parte

voltar 
intergar-te




Nos dias que correm, temos as competições, os pavilhões – e os resultados…

Temos os medalheiros e os pódios... assim tão altos como "cobiçados"...

Temos gritos, temos calor Humano – vendo e advendo o resultado final “levantado”…




Estas formas ditas “tradicionais”… as que até agora evocamos, de forma simples... em imagens e frases e personagens e história e cultura e profundidade e extensão e dedicação  pessoas de vidas inteiras de dedicadas em atenção plena assim devotas assim em caminho integradas...


mergulhadas entre tanto desporto moderno 

(uma das suas múltiplas e vigorosas ramagens
da árvore de vida 
da arte marcial dita "antiga"
por essência - integradora, 
por afinidade - Harmonia 
que implica uma vida toda...)

– transformando assim o seu objectivo, a sua essência e fundamento…





Nem Hua to, nem Bodhidjarma, nem cura plena integrada na forma ou “dao” 

– via – que se promove ao se propor – praticar – pouco o apouco aquela via que melhor se pode adaptar:



uma das várias cadências – refinar… melhorar – “arquivar” na memória interna aquilo que se pôde assim evocar e – dia seguinte – voltar… e voltar… e refinar e transformar e – praticando – ir melhorando...

esta “obra nossa”: em corpo e vida – assim preciosa… 

uma vida inteira a se caminhar – uma vida assim a se manifestar

Cinco cadências de base assim sugeridas… 

como esta terra que nos sustém, como a rocha antiga que vibra baixo o mesmo sol e a maré… 

e que como esqueleto – que canta, vibra, emite além do "Chi que desvitaliza" ou "chi residual"… 

e da cadência que ainda destila a sua essência em busca da própria harmonia...

harmonizando a vida como a de quem pratica… que assim desenvolva “Weichi”

– Chi harmonioso que irradia, sentir-se bem perto de alguém que pratica, que é segurança e que nos ajuda a sentir um pouco de paz e esperança…

“Ueshiba”que avança – “Aikido” que entrelaça e dança… entre o “Jiujitsu” e o Kendo – encontra um novo sustento… ser pequeno, "meia leca de gente", diria qualquer praticante actual e  fornido – certamente!

Que espiralava a força vital, que dançava com a vida e a vida sabia ajudar a transformar…

E que cria – e demonstrava – e demonstrou em vida e obra – que essa espiral, na arte contida, transformava a “cadência” que não é ainda “amiga” – em força novamente de vida e vital – que ajuda e promove o ser Humano na sua busca Integral… e que integra efectivamente – praticante e via e gente…


E hoje advimos algo – Como “Jiujitso” e o “Judo” – se emparentam e se definem – um como prática moderna e olímpica – outro como forma tradicional e antiga.. e não falamos dos “Gracie” e dos “espectáculos de jaula”

 falamos de aula – de honra, de sentido de promoção e salvaguarda – da vida – essa a principal premissa da arte mais antiga…


Uma cadência, um enquadrar de algo que se estende e se expande...

um ser que medita tocando, cego a quem lhe pede para seguir tocando...

uma melodia que reúne e une 
- por dentro se manifestando
àgua e fogo conjunto - 
uma melodia que assim não termine ou acabe

no final - surge a premissa - 
rompe a corda, começa a alegoria

quem vê a aparência vê uma espada trespassando a água fria
vê que a aparência assim se esvaía

por dentro do coração do guerreiro
do bom combate 
o verdadeiro
estava a harmonia ganha
se uniam os elementos
e se faziam conjunção

um coração

saindo um 
vencedor aparente
outro assim
se entregando

ausente

a melodia segue e seguia

na mente e na melodia

de quem pratica
dia a dia

reunindo o que
por fora
(aparente)
se não podia
(...)




Entre o desporto moderno – que fala de reunir nações em volta de competir e da arte e da tradição que promove a vida da forma como há que – também -  Saber “ouvir” (e preservar e assumir) – linhagens e pureza e origem – assim chamamos à arte que se descreve – arte de vida – que vida promove e assim – desde aqui – se subscreve;
 – entre “Chi Kung” e terapia – e trinta pro cento de Hospitais que o praticam como forma de medicina na China…

E como as artes promovem a auto-estima e confiança de quem caminha na arte e por sua via (Dao) avança…
E de quem procure praticara virtude (Dê) num caminho que desafia – dia a dia – a transcender… a transformar – teimosia em perseverança, sentimento de tendência agressiva em temperança… superar outrem e aprender a colaborar – para se “superar a si mesmo/a” dia a dia sem mais duvidar… saúdos de Honra, respeito  e virtude de cariz milenar… culturas tantes que se reúnem no coração, na vontade e opção de quem assim assumiu aprender… e saudar…

Um a um – quando é com a mestria interna que se treina – uma forma numa certa zona natural e aberta – e se desperta para que – em essência – nem se está só e tudo flui – desde dentro e em derredor…

Dois a dois – por respeito e fundamento – de que algo maior nos mantém coesos além dos possíveis desvios que encontremos no escalar – suave e lento…



subir a montanha- por dentro – esforço dia a dia para ir manifestando, burilando – esse tal “centro” – cor – agem – que com acção que marque viragem -  nos suba – degrau interno  a degrau interno
– rumo ao “cimo do monte”, a uma perspectiva própria e devida… algo mais abrangente…

E ao centro desse “cume” que assim -  “como centro interior” se assume ao começar a caminhar na via de respeito

– respeito interno – logo – espelhado e assim manifesto – além do código emanado – como lembrete e como algo que dia a dia se repete:


– ver esse reflexo – manifesto – em prática – além do que diria o ser “pequeno” que pensa que nos guarda pelo poder que afasta e que – por ventura separa – desse outro ser Humano – irmão/ irmã de prática e dessa tal “natura” que se respira, que se sente quente quando o Sol nos toca, que nos abraça como brisa, como maresia quando se treina entre as Ondas que o Mar interior evoca… e nos sustém como firme rocha que assim ecoa por dentro… e que se mostra em verde e verdor e vida em crescimento interior… quando entre árvores se ouve a harmonia…

em “zen” – de uma simples erva ou flor crescendo – aqui, estando atenta… atento…à brisa e ao nosso próprio movimento… se mostrando como um – como garça de asa branca voando de peito aberto…
ainda como algo que nos inflama e nos levanta – dia a dia – da cama dos dias que se repetem – estranha chama – de coragem por vezes se chama… fogo branco de relâmpago, transcendo mente e prática…
indo à razão das coisas e o Universo inteiro reflecte por dentro, as lições que tínhamos – lá esperando – faz tanto.. tanto tempo…

Arte e via e virtude… e devoção… opção de perseverança por simples e pura vocação de e quem – passo a passo avança -  rumo à integração… mantendo assim a espr’ança;


quando a Vida te pede
" o teu melhor está... no teu coração"...

quando 
prática e forma e praticante 
se mostram
um são
deixam a força 
do "desvio"
da alegoria

extasiada

contida

e a força da vida
espirala

entra e a desvia

e a torna

novamente
em força de vida

Fluída

rumo ao "lago" espelhado
ao Mar de Amar

para onde
se dirigia

à partida

antes de se ter 
ficado
parada
varada
perdida...

num pântano
que se estendia
estagnado

dessa força de vida
e sintonia
desse seu fundamento
privado


Eis a prática à que se alude, aos irmãos a quem se “acude”, aos “saúdos” de respeito e de intenso fundamento, aos lugares – de “privilégio”:

– nos que repousamos as ansiedades do dia – e as transformamos – por “arte” de “magia”
 – em outra cadência, outra sintonia – uma melodia – talvez mais acorde, talvez mais perto –



 Daquele acorde que por dentro se ouve… se sente…. se pressente…

Como fez “Ueshiba”
– talvez sendo semente – da espiral da Vida –

que assim se manifesta – em quem pratica – em Vida –
esse tipo de movimento, intencionalidade crescente e consciente e vital sustento…

Rumo a um “amar expansivo”, a uma “integração” entre o que é praticado e vivido
"vivenciado" mais além do sentido – quando o praticante e a forma são como um...

como numa dança, sem que comande ninguém, se encontrando como um ser "Um"…

Forma e prática, praticante, consciência pura e viva assim integrante… uma realidade “una” que reúna…



uma simples gota de água...
perdida... 

entre o lago, 
o rio da vida
como água 
de si despida

uma lágrima vertida
por amor
e o guerreiro
e seu furor

mergulham na Agua da Vida
espelho do Ser Maior...

que se mostra – bem à tona – de uma água espelhada – que assim – lentamente – se transforma em água clara –que a nossa verdade interior reflicta… essa tua, minha verdade ainda por dentro dita…

– lago interior da vida: cada vez mais útil, bela e expedita…


Arte marcial – por origem, vocação e devoção – arte de integração;