nesse recanto mais breve
aonde o tempo já não se atreve
a passar
e a chuva cai
e descai assim mais devagar
ligar e ondular os corpos mais não etéreos
e as memorias de gentes e de factos sérios
e traduzir para algo angelical
ao mesmo tempo que se torna
por gesto e nome
uma atitude
de estilo marcial
e quando estamos todos unidos
em redor da roda
e o movimento nos envolve
assim se vibra e se vive
e existe algo que jorra
qual uma onda uma ode
à vida e ao futuro
que poderá
vir a chegar a nascer
nesse presente concreto
e entre os seres de idade
que vivem seu passar discreto
com risos de luzes e sombras
assim poderemos ser mais
juntos passeando nos limites
embevecendo e expandindo
e recordando os seres tais
os que dançam connosco na roda
e os que já dançaram mundo a fora
e os momentos que ainda
poderemos vir a chegar a partilhar
assim alguns nos iluminais...
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