Muito boa tarde.
Tendo em conta o vinculo que nos une – no devoção e na
prática a algo que atesouramos como caminho válido para ajudar a crescer e
vivificar seres humanos específicos, dentro de um ambiente de especificidade
diversa (no teu caso –com um nome, no meu… ainda não sei).
Sabendo que caminhamos unidos nesse caminho e que – os
passos dados por um, se reforçam nos continuados pelo outro, venho apresentar o
intuito de seguir caminho, de deixar abertas possibilidades a que esse caminho
cresça com mérito nos lugares onde é mais necessário e que possam ser essas
“sementes” plantadas pela própria vida que se manifesta através de nós –
humanos – das mais valias por ela em nós depositadas e pelo saber fazer
evidenciado – que algum dia (tarde ou cedo – não sei) cresçam pequenos
canteiros de repouso e bem-estar entre os lugares onde o ruido possa ser motivo
para que alguns pensam numa alternativa veraz à forma e ritmo de vida actuais.
De momento vou batendo nas portas e – sobretudo – definindo
por dentro (para comigo mesmo) qual o intuito mais profundo ou verdadeiro que
motiva o avançar com uma proposta que pode dar origem a algo que – penso – seja
especial e útil.
Seja neste lugar (pelo potencial que já te comentei e que
engloba os lugares de Monção e de Cerveira assim como as suas respectivas zonas
“espelho” na zona de Goían Salvaterra) –
sem estas “sinergias” e sem a salvaguarda que oferece o existirem pilares
centrais e pilares laterais de suporte, a possibilidade de que a iniciática
cresça pode ficar em risco de isolamento.
Mais do que um pântano- intuo que possa ser como um lago –
onde as águas vão ficando mais transparentes à medida que a iniciativa ganhe
aderentes.
Tempo de qualidade e dedicação a uma causa que advém do
tempo actual.
Ser Humano por inteiro e disponibilizar meios, recuros,e
tempo para vivenciar a experiência humana e o seu desenvolvimento em termos de
aplicabilidade no meio envolvente e do desabrochar das qualidades latentes que
cada umde nós detém ou das quais foi imbuído.
Permitir que aqueles/ aquelas que sentem este chamamento e
que – dentro do meio marcial que te comento – possam aderir- com sensibilidade
– a que várias pessoas em diferentes idades, têm formas diferentes de serem
sementes de virtude.
E que existam “professores” – irmãos ou irmãs maiores – que
em cada uma das áreas de movimento, vitalização, expressão pessoal possam
contribuir de forma a que o seu saber e saber fazer particular se manifeste
através das ligações que possam com os seus seres ”pares” partilhar.
Esta é a visão de algo que se pode começar a fazer – com
pequenos lugares, em pequenos lugares – onde a ideia possa começara crescer.
Esses tais que tive ocasião de te comentar.
Pode vir a chegar amais – depende de quem acreditar, quem
sentir que é momento, o tempo e o lugar e de quem assim puder ajudara
concretizar esses pequenos luf«gares / lugar- para que o resto possa – por si
mesmo – desabrochar.
Podemos pensar numa forma de arte integral – que integre os
saberes e o saber fazer e o sentir e o aspirar a ser – de maneira original e
que permita – com o devido enquadramento e em contexto natural (talvez rural
por sero meio mais ameaçado de desaparecer deste nosso vale e que detém em si o
potencial e recursos – técnicos, humanos e de enquadramento) para que o resto
do processo se possa desenvolver de maneira simples e gradual.
Que a cultura popular (tradicional) tem em si muito do
fundamento da arte marcial que nos foi dado a conhecer e praticar – e que –
sabendo traduzir de forma não linear- pode incluir pessoas e gentes que sintam
e vivam talentos que sejam depois eles mesmos instrumento de mudança no seu
contexto próprio ou noutro afim – nesse mesmo local/ enquadramento regional.
Os potenciais latentes necessitam da protecção e experiência
prévias, do entrelaçar de protocolos que defendam- entre as entidades actuais
(e encontrar as semelhanças entre elas parece estranho se se esquecer que cada
uma – independentemente das pedras e das ideias – contém as pessoas certas que
sentem e pensam de forma parecida se não “sinérgica” com esta ideia que te
continuo a partilhar)…
Sejam estruturas organizacionais de pendor espiritual, que
sintam que o caminho pode ser suavemente transformado em contexto e em modo
(temos aqui uma zona chamada Vilar de Perdizes que congrega tradições de Várias
áreas da tradição”) dinamizadas por Um Padre como elemento de referência e
existem ordens internas na própria igreja que adaptaram a prática marcial às
suas actividades regulares);
Autarquia/ soberania local – sob forma de paróquias que
recebam e defendam as actividades tendo como ponto fulcral a manutenção/
protectorado da vida e do seu foco como elementos “sagrados” desde o ponto de
vista profano – e que são traduzidas pelos pilares na constituição anunciados –
seja a saúde como sinónimo dessa mesma vida, seja a equanimidade de
distribuição de tarefas e a mesma avaliação do valor de tempo que cada qual
desenvolve/ entrega em termos da qualidade inerente – equidade ou justiça/ seja
na partilha de saber e saber fazer – experiência – como forma de “educação” que
vá mais além da escolástica e que complemente a mesma coma experiência do ser:
saber fazer, experiencia acumulada e partilha – saber ser – em termos de fluir
algo que não se “possui” nem se “conserva” a não ser em “salvaguarda” e em
propósito de partilha e fazer fluir para quem assim procure encontrar,
multiplicar e fazer vibrar – como sempre foi e como aprendemos do próprio ser,
do próprio corpo que nos foi dado a habitar – que a consciência da experiência
vital e a própria vida – nem se anulam, nem competem, nem se mostram como
“estanque” sendo um todo coeso e fluído com indefinição constante e com um
atendência estranha para se transformar);
Dito isto de outra maneira – o sonho que vai por dentro é o
de:
Síntese – no sentido em que a arte – criativa, recriadora,
diversa e em permanente mudança – e a marcialidade” – a devoção a umalgo que
palpita por dentro e desde dentro se manifesta em especificidade – pode ser
sinérgica com várias áreas do ser:
Desde a música e a forma em comoo movimento se expressa no
ser humano e na sua maneira ÚNICA de o fazer valer…
Desde a inspiração (auto-confiança) de encontra essa certa
“voz interior em reflexo dentro de um espaço,enquadrada num agrupamento de
gente que sinta de forma semelhante – independentemente da idade e da sua
própria maneira de o fazer valer….
Em contexto natural – sentindo que o seu ser se expande
quando desde dentro e em derredor se sente a mesma forma de arte ou devoção…
Através de pequenos exercícios de atenção consciente – que
reúnam os diversos pólos de atenção em redor de objectivos comuns (como a
vitalização/ promoção de saúde integral através do movimento e inspiradas no
QiGong) e que promovam as pontes e o fluir dos afectos até à vivência da “energia
vital”, que nos alimenta e compõe – quebrando as cristalizações anteriores –
inerentes à máscara social e promovendo essa força vital como vivificadora de
pessoas, grupos e lugares:
– através de
actividades paralelas que condicionem os respectivos lugares – seja para a
prática, seja para receber/ partilhar essa força/ experiência com agrupamentos
locais de pendor cultural e que estejam comprometidos de forma semelhante com
os respectivos ambientes naturais, a cultura local, o saber e saber fazer
tradicional – sejam agrupamentos de folclore ou outros (culturais) que se
apresentem em casas de cultura dos teus respectivos lugares de referência;
Que através do movimento com INTEGRADOR da pessoa humana
dentro da sua realidade dita “maior” – o ganho de consciência de si, e dos
diversos elementos “subtis2 inerentes ao processo mecânico – como pro exemplo
pela prática do Tai-Chi Chuan – podem promover a adesão de elementos em idades
diversas, que integrem – de forma coerente – este movimento multifacetado – que
através da música, do movimento, do sentido de si, do sentir do fluir da vida
internamente e do integrar várias pessoas de idades diversas possa concentrar
focos de atenção em lugares chave para que possam significar sementes” vitais
de um movimento que renove:
O tempo – em termos de qualidade de vida;
- o agrupamento entre seres – em termos de afinidades
desenvolvidas pela prática de uma metodologia adaptável, leve e tendo como base
a vitalidade, o movimento e expressividade de potenciais pela arte (neste caso
– promoção de saúde integral através do movimento inspirado na dança e na arte
marcial como formas de movimento de berço comum e com tendência para unificar o
que parece fragmentário na experiência humana vital);
A vitalização dos espaços e meio rural contextual a que a prática seja sinérgica com a natureza
que somos e representamos de forma
simples.
Desenvolver pontes de ligação para com o ser interno, para
com o contexto adequado a que este “recordar” seja cada vez mais pleno e este “despertar
gradual” se desenvolva da forma gradual, adaptada e aconchegada:
para aqueles e
aquelas que cheguem a este chamamento de compromisso com a própria vida em si
latente possam – gradualmente despertar como uma semente:
– no contexto, no “chão
certo”;
- protegidas e amparadas pelo maior número de organizações
sólidas comprometidas e na pessoa/ pelas pessoas certas nelas envolvidas, além
das pessoas/ particulares que vejam e vivam estas mais-valias e sejam ninho
propício a que cresça este género de desenvolvimento humano integral de forma
espontânea e sem entrar em atrito com outras formas, de sentir agir ou pensar.
Promoção de uma visão
integral de vida:
Na qual –a vida possa ser experimentada como verdadeiro
presente… e que as várias transições nela existentes se interpretem além da raiz do medo – sejam vistas desde o ponto de vista da confiança
– tal como ensinam várias correntes marciais
(e em especial uma
certa filosofia – traduzida por “ueshiba” e o seu “aikido” – que confiava que o
entrelaçar de força vital era unificador e transcendia as fragmentações várias indo
além da cegueira de se considerar parte independente ou isolada dentro de um
todo coerente e coeso);
Neste sentido – “evolucionar” até que a “transição” ou
“passagem” para um ou outro lado do “espelho” ou da consciência da própria vida
que sou/ que és… se desenvolva de forma espontânea;
– tal como o
mergulhar no sono, noite após noite, sem medo de despertar ou não num outro dia
e consciente de que – ao mergulhar – se expande a consciência ou se dispersa o
medo e se mergulha em “algo” sempre presente.
Um ALGO amparando a existência, mesmo quando a mesma se não
vale a si própria.
Inerente a este movimento, ou iniciativa está esta confiança
– de que o ser humano – sendo a própria vida – está amparado e contextualizado
– tecido vivo – à espera de que o latente seja “lembrado” de forma harmonizada
e coerente, com tudo aquilo que lhe promove ”mais-valia” – valor intrínseco ou
saúde …
Neste contexto e desta forma promovida e desenvolvida para
que as sinergias possam assim ser:
Próprias – desenvolvimento de consciência de si/ natureza
interna indivisa;
Grupais –
desenvolvimento dos sincronismos, das “coincidências”, das afinidades que
trazem para perto – que levam para perto – esses seres humanos que despertam;
– para perto dos
nichos próprios e com fundamento a que este “despertar” seja sintónico, ameno,
e gradual – sendo perturbado da mínima forma possível ou estando completamente
protegido do ruido;
Comunais – que
enquadrados dentro de um meio local, social, rural, com entrosamento numa
cultura ancestral e com enquadramento natural – estes potenciais humanos se
possam integrar, interagir, vitalizar-se e vitalizar o seu meio contextual:
– seja na cultura, no
saber e no saber fazer evidenciado de forma regular, inserido na própria rotina
do lugar, na vivência dessa comunidade que acolhe a actividade assim dinamizada
e nela se vê reflectida e com ela se dinamiza;
Alternativa – em
termos de vida – como manifestação de qualidade e com precedente válido a que
outros elementos, de enquadramento semelhantes (em sintonia) se inspirem e
possam ser agentes de mudança no sentido do desenvolvimento de promoção de
saúde humana integral através de metodologias afins, noutros nichos locais com
o potencial para que a actividade possa se desenvolver/ enraizar);
(a do movimento advém
da experiência pessoal deste que te fala – poderão ser outras áreas….
Este que fala interpreta a corporalidade como base e
substrato universal, para poder desenvolver posteriores qualidades (como a
fluidez, a expansão da consciência, o sentido de si/ do outro e de integração
destas no serviço ao meio contextual):
– sejam o natural
sempre, sejam as suas partes constituintes (traduzíveis por cultura e valor
imaterial local);
Assim – aqui ficam os pensamentos sobre a actividade que se
pretende dinamizar.
Se – por acaso- tiveres conhecimento de algum lugar onde a
mesma possa começar – como salvaguarda – em ternos das sucessivas tentativas que
se pretende encetar para que exista o
sonho em semente de algum lugar em especial onde a mesma se possa integrar – na
figura e pessoa deste que te está afalar.
Um saúdo (marcial – por devoção).
Daniel
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