Entre as gentes mais pequenas – grandes gentes que guardam
lembranças… de tempo sorridentes – que ficam tão longe como essas gentes – e
esses lugares, bem perto… na lembrança…
Uma arte que abraça… dança de mil cores num eco de vida que
se entrelaça…
Tigres… dragões – corações vivos entre os ecos de vida –
despidos – como a cobra que abraça a garça… e entrelaçados – vivem e a vida da
arte se faz… eco na vida que nos envolve e nos lugares nobres onde a mesma
força nos alcança…
São as cores da eterna dança, traduzidas em movimento de
vidas de gentes, de mãos esquivas ou manifestas – presentes – garras abertas e
forças dormente esquecidas – trazidas ao de cima pela força presente de quem
assim crê… vive… e ilumina – o sentir sem mais… o viver além do que se mostra…
o lugar vivo onde as pessoas podem ser de novo colocadas em seus espaços de
vidas – passadas – feitos espaços de vida – presentes sem maior perspectiva –
do que ser – manifestos e guardados onde outrora se fizeram esquecidos ou
“olvidados”…
São os lugares consagrados para que esse vida possa ser,
florir, aparecer…
Um dragão que embale a vida e faça protegida… tigres
despertos – que caminhem – libertos – por entre a gente e assim façam valer o
valor que – por dentro – se não pode entrever…
Cobras serpente – vida fluída – indefinida e pristina – que
aparecem e desaparecem sem dar de si a entender… que mantêm o cículo da vida
fluída a ser… e a valer…
Humildades esquecidas pelo solo e pela vida… que se mostram
– esguias, serenas… subtis.. que aqui são guardiãs de terras… de sementeiras…
de vidas verdadeiras…
Asas de sonho e vento… sustento de ilusão.. olhando ao
firmamento… olhar desde longe a montanha que se esconde – por dentro – no
coração…
São asas subtis… que se entrelaçam na vida que há em ti… e
em mim… que zelam velam pelos pensamentos mais altos… pelos nobres elementos
que cada um dos quatro protege em si e no que há em redor… sem sobressalto…
Guardas a vida que aguarda latente – perspectiva perene de
algo que se transcende…
Que por dentro – se reacende – como chama querida – viva –
que rejubila e ilumina – aquele, aquela que é desta “grande família” e que se
mantém- sem ficar aquém – nessa passada- incontida… por vezes subtil.. por
vezes esquecida… como o latir de um coração – que triste – se “olvida” e que
segue o seu latir ainda que não se consiga assim sentir…
Coração de coragem… que por vezes esquece a aragem – do
vento que anima a seguir… a olhar o horizonte… mais alto… quando – humilde…
cai.. e olha… pontas de sapatos.. que passo a passo… perseveram… no seu
sentir…..
Seguir…
Caminho lento – por vezes rápido… que nos guia – de elemento
– em elemento… a integrar a vida daquilo que nos foi dado…
Danças com o próprio tempo.. atenta… atento… ao que o vento…
te conta… e aquilo que mostra
Entre o talento que se partilha e demonstra… na voz clara….
Por vezes apagada… de darde si… de ti… e de mim… o que de melhor a vida tem
para nos fazer – por dentro… sorrir….
Lá em cima – o firmamento… miragem… reflexo… ideal… a conseguir
Compartir, partilhar
Ser
Estar…
Solidão de um coração que se sabenão só e que aparente
Se desvela
Esperando
Latente
Que a vida regresse e o preencha
Com algo
Ou alguém para assim o sentir
Como sangue de vida
Fluída
Que se mostra
E demonstra
Além da partida
O regresso
Em cada dia
Em que o peso
Da caminhada percorrida
Se deixa
Transformado
Na mais-valia
Que algo
Ou alguém
Te diz…
Espero
Eu
Tu
O que escrevo
Seja
Um dia
Uma noite
Um certo lugar
Onde o tigre se esconde
Onde o dragão deixou de voar…
Onde abracem
Os elementos
E a semente
Gérmen
Do seu sustento
Possa em fim
Frutificar…
Até lá
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