Demonstrações e locais
O Enquadramento da arte, da marcialidade e da arte como
devocional – PT IV
Prosseguir numa vocação, desenvolver a mesma, desde a raiz –
ajudar, servir… através do caminho – conhecer: o ser Humano a apreender…
As várias facetas, as várias nuances – de uma vida inteira
que numa vida não cabe.
Seja a do ser humano quando é reconhecido – até antes de ser
gerado – quando assim é acompanhado – desde o momento antes de ser nascido –
ate com as pessoas que – servindo de abrigo – com este são passo acompassado…
falamos de pais, de vidas… de seres humanos nas suas mais diversas
perspectivas…
Assim, a arte – por devoção – é a arte que brota desde o
coração – latente em cada ser, presente quando se manifesta – quando é necessária
assim se apresenta… seja na forma e estrutura corretas, seja na forma do "Dao"
da virtude e na sua realidade concreta.
Honra… honrar – o que se ama – e prosseguir – desenvolver,
explorar, acrescentar e melhorar à medida que se cresce na arte e com quem
assim nos ajuda caminhar…
As formas básicas – desenvolvem – carácter… e aqui algo novo
se imprime entre tanto filme de arte na que se parte e mais se cura… e pouco se
imparte acerca do segundo que do primeiro – o próprio tempo – assegura.
Existe o carácter suave, o sensível, o integrador, o que
gera síntese por saber onde está o atrito e a dor e perseverar…
Existe aquele que se endurece e se faz de “ferro forjado”
pela força de vontade e pelo tempo em si – assim trabalhado.
Existe o assemelhar-se ao ser amado – existe o oleiro que
transforma uma forma que – por dentro – algo lhe tinha segredado… existe o
projecto já feito – de linhas pautado – repetido e assim multiplicado…
O carácter de base – É NOS DADO – descobrir o mesmo,
desenvolver seu sentido… como numa pequena árvore que cresce – descobrir o que
se transformará em flor em fruto… aquela pequena semente da que não se sabia o
destino.
O barro humano – nas mãos do oleiro calejado – transformado
em imagem – por dentro algo segredado – é assim uma parte deste algo que – por
devoção – nos foi confiado… nos vai sendo confiado, nos é confiado em cada
momento de entrega na que se crê que existe um caminho – além da regra – que dá
á regra sentido e assim nos faz… confiando…
Caminho… caminhante… caminho percorrido – e quem assim crê,
quem assim vê.. quem assim festeja.. quem assim É.
Existem formas e formas de ser – cada uma – na arte – terá
algo de si a dizer, algo de si a prender, algo a contribuir para que a arte
possa prosseguir e assim crescer…
Devoção - por
participar, por desenvolver – por estar – por ajudar a rimar esses versos de
vida e os conjugar numa melodia que se faça rimar…
Os elementos antigos sopram por dentro daquilo que digo…
Alguns são suaves – como o sopro do vento sobre o mar…
alguns traduzem a palavra “À MAR” alguns são como as ondas – impossíveis de
conter, de suster de calcular – e no entanto – tão simples e fáceis de se
mergulhar… e – lentamente – também ser
–esse ser no Ser… e o Ser em si albergar… ou descobrir… ou “despertar”.
Eis um certo caminho dessa arte “devocional” – que tantas
vezes se confunde com punho, patada, pontapé a se dar… que tem a ver com
destruir ou reconstruir devagar, que tem a ver com erguer – ou aprender a erguer
depois de se tombar…
Arte – por ser criativa, por estar ligada – à própria Vida…
algo que não mais termina – de se transformar, de se entretecer e entrelaçar –
entre as vagas e as ondas do vento e o fogo que assim suspira – lento em quem se
mantém, nesse caminhar…
Nesse barro sedento de água para não se rachar… nessa rocha
firme que é seguir… e perseverar – da forma como nos é dado a ser e assim
manifestar…
Marcial… alguns sentem que é marte a parte da Terra que
assim se apresenta – e sem se ver – comentam que a espada é linha certa para
crescer, aprender e viver…
Seja tempo de paz a guerra que se apaga… seja no olhar de
vida do adulto ou da criança que se afaga…
E as guerras – interiores – são as que se refinam – dia a
dia – entre esse caminho que se caminha em cada dia que se aspira – a seguir e
perseverar – a suster a promessa interior que nos anima a caminhar…
Demonstrar este algo – implica “ir… e voltar”… implica .-
tantas e tantas vezes – o tombar… o crer… e levantar”…
Implica – ainda assim – o não se “separar” – dessa linha de
origem, desse momento primordial – no que “algo” através de alguém – se fez
manifestar… nesse preciso momento reencontramos esse – o tal ”elemento” invisível..
impossível de se falar… esse algo – para quem estiver atenta.. atento… e que
assim possa observar…
Nesse segundo distante – algo saltou desde dentro – através
dessa pessoa inquietante, desse momento sem marca.. desse algo que mais não se
apaga e que o nosso caminho abarca…
Sabemos amar – a arte, o professor que em nós deixa de si
parte… o embelezar da forma…. O cantar e vibrar NA forma… e Ser a forma em si…
quando o movimento e a Vida se fazem assim em nós, através de nós – convergir…
Arrependimento quando vemos o ser Humano – nosso outro
sustento - chorar e mais não rir… quando
algum golpe se esvaiu entre o canto silente e a dança a entretecer e viver e
fazer assim luzir…
Sabemos sempre – que somos os tais – sejamos os dois ou mais
– quando algo se desfaz da dança, se entrelaça noutra forma que não a de
espr’ança… e assumimos o responsável – esse canta e dança e se faz forma de
arte além da espada, do sabre, do bastão… do que voa e do que não…
daquilo que
se ergue – somos parte – daquilo que parte… nos despedimos e seguimos – nesta
linha que nos faz – cada vez – mais amigos… companheiros… companheiros de um
mesmo destino – escolhido – por dentro – compartido…
Assim – arte por devoção- marcial por alguma estranha razão…
é criativa… se manifesta em Forma de Vida – e converge a Humana poesia… a letra
da vida Consagrada e divina… como uma dança – na que se faz parte
– dos
elementos que me nos palpitam… como um coração vivo que assim grita… e assim se
mostra – além do que aparecia… além do que o mundo demonstra o que Parece ser a
Vida…
E num segundo – relâmpago – nem golpe nem patada nem nada
mais alto – do que ser e estar e ser protagonista… sem mais nada fazer do que
dançar – nesta dança nunca vista – pois é por dentro que se mostra e por fora
que se faz…. Arte… vida… entrelaçada… e assim demostrada – sem muitos se
conseguirem sequer precatar…
Está na espada – está no seu esvoaçar – está na razão que te
leva – na espada a pegar… está na razão que move o teu movimento no ar – tu e a
espada – um só – que quererá assim a tua vida cortar?...
as sombras que a tua luz pode
entrelaçar – e levar ao centro imóvel de onde as sombras se fazem vida nova e
de onde mais não podem escapar…
Será o centro da vida o que te motiva a continuar… esse algo
que avança e fulmina a duvida o medo e a falta de opção de querer perseverar?
Será esta a arte de que te estou afalar?
Essa que se ergue e reergue – como uma ave branca –
inflamada pela força em ti guardada – esperando assim se libertar?...
E assim de novo erguida, assim de novo reforjada – a
verdadeira espada do teu ser – em transformação por devoção – caminho lento…
por vezes não…
Quando és parte do vento em turbilhão… quando danças as
danças das árvores além do tempo… ou quando – entre o silêncio – ouves a voz da
luz do luar, a palpitar a pousar em tua mão… e te tocar… a te fazer luzir – num
mesmo e claro lugar… uma mesma forma de agir… uma mesma luz a se manifestar…
E entrelaçar – entre as ondas e o mar – essa prata viva – e
ver a árvore branca que não se esfuma – entre a espuma que assim em redor de ti
gira…
E ver essa ave – essa fénix renascida – num dourado de sol –
que desce por amor – por entre um vale de verde dourado que assim se anuncia…
em ti e em mim – a mesma sina – a mesma forma de vida, a mesma devoção incontida – por vezes num canto
de silêncio sustida por vezes – sempre – uma explosão de luz e de cor… tantas
vezes sentida… sem poder ser traduzida… sendo assim uma e a nossa mesma forma
de vida…
Assim se existe um qualquer Dragão – que seja sábio além da
voz do trovão – que tenha traduzida em si – a luz do relâmpago, em si contida a
força que sustenta o seu próprio canto… e o encanto de se existir… e entrelaçar
– no ar – e pairar… e suspirar sem se deixar levar – pelo poder de ter, pelo
poder de destruir a razão de ser… de assim voar, pairar e manifestar a essência
da vida que se mostra – pristina para quem assim aprender a amar…
Ou a “ensinar”…
E não deixe de fazer – seja de uma ou outra forma de o saber
fazer… e assim o ser – partilhar…
… ao mesmo tempo como os pés no chão – garra de tigre ou
opção por devoção – aquele e aquela que assim se assume e que mantém a atitude
– essa que se falava de início… suave como a brisa e a asa de garça…
transparente como uma cobra branca… que desliza… e se enrola… e sobre a agua
paira…
Forte como rocha… vivo como cristal – que palpita dentro de
nós e purifica a força viva a manifestar…
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