Artes
Quando vemos tantos e tantos filmes –a cerca das artes… do
que é bem feito – “Kung-Fu” – daquilo que era o Bushido de “mão vazia” –
Karaté… o caminho “Do” – da perna e do punho, o caminho… do Coração – da
periferia para o centro que não se via…
Vemos nomes, culturas – pessoas… caminhantes… um método
simples –que se vai tornando complexo – como um lego:
– desde as peças mais simples – reconhecer o próprio corpo e
sentido de movimento intrínseco (Biomecânica) leva ao sentir(se) – à
consciência que irradia (céfalo-caudal – desde a mente – cabeça em movimentos
precisos como o das pálpebras ou das pupilas, da língua) – para os das mãos e
as tarefas e habilidades e profissões pares que – maturando o ser humano
incipiente – com elas podemos desenvolver (Kung-fu – de forma – bem feita –
amar e querer)…
Este é o elemento a que chamo de “expansão de consciência –
de si… do outro… do meio…
Desde si, para o “outro”… para o “meio”… e dai seguindo…
vendo desde pontos cada vez mais “altos” o ponto de vista da vida que nos foi
dada em cuidado… a Vida que somos e que vai por onde vamos…
Ferramentas várias: que nos levam a concretizar actos meritórios,
pelo reconhecimento prévio do nosso próprio potencial crescente…
Desde a consciência de movimento de motricidade fina – como a
preensão digito – palmar – agarrar primeiro, de mão bolachuda – quando somos
“meia leca e o mundo não muda” – até fazer filigranas com ouros, pratas e
diamantes – que – para os da “arte” - são os seres humanos que nos foi dado
acompanhar… tomando parte nesse seu processo de “desabrochar”:
da flor interior – do
“lótus” - que nasce entre de entre o
lodo e que – bela se ergue e flutua entre as águas onde não haveria – à partida
– para uma bela flor o substrato… dito comum, dito compacto…
Cada ser humano – na arte – uma semente da que se desconhece
o segredo derradeiro, a luz por inteiro – a Vida em magia em movimento e
perspectiva, em opção clara e definida a se manifestar… certo dia.. certa noite
– seja assim de Sol – forte, de Suave e subtil luar…
Dia a dia, movimento a movimento – refinar… como um qualquer
artista – que vai retirando arestas, pequenas pregas… que vai levando pouco a
pouco – amando, devocionando ao seu fazer – como uma árvore pequena que se
conduz sem se saber bem como fazer…
E sabendo, revelando e vendo – ficando assim cientes do que
por dentro ia que por fora assim transparecia - revelar – o que a madeira, a
pedra o barro escondia – o que a tela em branco tinha para lhe, para nos
mostrar…
Movimentos mais amplos, mais gráceis, melhor posicionar –
adaptar-se na vida, fincar raízes quando a tempestade dos dias – da via, nos
pretenda afastar…
Solidez – no elemento – da rocha o sustento… pureza no
cristal, no metal interior e nobre, metal original…
Crescimento no verde, na Floresta que me sustente, e
alimente expanda entre tanto ser sapiente que se expressa em infinita calma…
Esse verde que encontro para onde quer que vá – nestas terras
que nos foi dado – em cuidado - nas que somos convidadas, convidados – ao arribar…
Reaprender, evocar… estar atentos, atentas e voltar… a ver
por dentro Ser… sentir e Saber –forma de fazer jardim onde não se podia antes
“ver”…
Um encontrar, um princípio de caminho a celebrar – por ser
próximo, tão íntimo como só tu podes desbravar – teu pequeno lugar fechado, teu
recinto sagrado, teu tesouro prezado – lentamente a se deixar notar…
Com ajuda… de quem, hoje,
por quem – em ti creia e te veja:
como essa semente –
verdade meia…
– meia esperando –
meia se manifestando
e o quanto ainda tens
para de ti doar…. E assim aprender – de novo – em nós mesmos – nesse ser Humano
antigo e vero – além de qualquer duvida ou medo fero – a CONFIAR…
E assim descobrir, e
permitir ao teu pequeno ser – o reencontrar – esse outro, o teu “grande Ser”, o
que mais não vai duvidar, nem temer, nem deixar levar…
Por caminhos que não
“o caminho” que me foi dado contigo assim a partilhar – a ti que “ouves”
e que, por dentro, te foi dado a trilhar:
entre “amigos”,
companheiros”, “irmãos e irmãs”, que numa prática regular contigo possam assim
deambular – entre este e aquele lugar - perto sempre longe se da via te fores
afastar…
Costas com costas – sem mais duvidar – confiança plena de
novo a evocar - assim sendo e plantando, novas sementes brotando… desse saber
antigo, desse algo mais profundo – mais além daquilo que digo – algo que apenas
posso evocar…
Numa pincelada fina, para que quem assuma e mais não sinta
que lhe foi dada a sina – descubra por dentro o que realmente o/ anima…possa
descobrir e aprender a sentir e apreciar… o dom de caminhar a Vida…
Determinação na opção – por se sentir – passo a passo… que o
que – aparente mente – tinha valor material escasso, tem um valor que ilumina a
noite a transforma o dia por onde passo…
Essa força, esse “algo” – o que e nasce a que brota –
escasso, silente, ausente – sempre Presente – como lume baço…
Como o que respiro e assim me alimenta - seja escuro ou frio – me sustenta… e nem me
precato…
Como o latir fugidio, do coração amigo - o que não comando… permanecendo fiel e firme no seu próprio
canto… o que posso aprender a “ver” e “ouvir” se manifestando…
À medida que o “mundo ruir” e se abrir, a cortina que o
estava ocultando…
Esse algo no seu próprio compasso… no seu único passo… a passo… por onde passo…
Cada qual se afinando, cada qual despertando, cada qual
evocando o seu antergo e original tempo e origem e a seu devido tempo a
vertigem de voltar a voar sem sobressalto…
Seu novo e segundo salto… esse dado desde a luz à treva e
assim desde a treva do desconhecimento se elevando…
cada um… um próprio caminho
partilhado, um vizinho cujos ecos de passos se sentem lado a lado, num momento
do tempo – destino – assim de novo traçado, assim de novo vivo quando se
pretendida olvidado…
Costas com costas – por se mostrar o mesmo valor a valer… já
mais não por se estar separado da vida e da luz em nós a nascer…
Caminho antigo, caminho guardado, caminho contigo desde este
– para o outro lado… assim partilhado, por dentro escondido, por fora (ainda)velado…
Diluído, nem expresso
nem definido – “algo”…
Em derredor nos fala – em primor nos reclama… esse eco de
Amor Maior que por dentro clama… e espera… e não nos engana…
Vida que clama – por amor, sem se impor - o ser liberto , entre a rocha sagrada que
trazemos dentro, onde se encontrava encerrada a viva chama… Vero Louvor em
espelho da Alma…
De novo liberta, de novo livre, de novo calma… mais além do
medo, da dúvida além de toda esp´rança, portando em si o cristal vivente, da
chama eternamente presente – que de entre as trevas a levanta…
Caminho de Vida… enfim.. assim… para quem quiser ousar, para
quem assim puder e quiser… em verdade e louvor – mergulhar…
E assim poder partilhar, onde se esteja, e por onde passar assim se festeja…
sem se notar.. simplesmente reflectir o que por dentro ainda está por surgir –
e seguir…
Toda uma vida.. de caminho que anima, outras almas… de cristais
velados… de vincos marcados, de espelhos riscados a voltarem de novo a
brilhar, a iluminar a refletir o mundo
vero que estava concebido desde o plano original sustido e que nós – os vivos –
estamos aqui para evocar…
Para aqueles que ainda lembrem… o seu próprio despertar e
ouçam em si a viva voz a se manifestar – entre toda e qualquer voz que corre
para velar… essa.. .a “tua”… aquela que por dentro se pode ainda ouvir e
mostrar
– nesse passo lento, nesse lugar sem tempo, nesse momento no
que nada ou ninguém te pode perturbar… o teu “templo”… o teu “momento”
– esse no que és “instrumento” da melodia primordial sempre
a ecoar… e sendo és nota no vento és gota no temporal… és a própria música e a
própria água onde a quiseres encontrar…
There's the light
there's the sun´
bringing back
shattered ones
to the place
we belong
and we'lll not
be silenced
Ouvires a voz do vento, sentires em ti a o furor do tempo…
entre as vagas do mar: a parar…
deixares-te, abandonares-te… como adormecendo sem medo de
não despertares a tempo… para seres instrumento… e sentires – como num sonho
real a própria rocha a te preencher dessa força antiga acrescer…
e ousar… tocar a chama que por dentro se mostra sem por fora
se mostrar…
se refaçam os estilhaços e se ergam de novo os pequenos braços,
dos que outrora se deixaram ludibriar – por tantos caminhos e tantas opções
induzidas, para a criança aqui recebida ter de tomar…
Tantos caminhos, tantas vidas – que se podem ainda acordar,
tantos os que estão prestes – de si – em si – a ajudar…
esses que chegam e se mostram – como flores vivas entre o
jardim floridas – essas luzes vivas – serenas e amigas – que nos vêm abraçar…
… e que entre nós pairam… caminham – sem vestes ou roupas
finas – apenas os digas… estarão lá…
Assim se congreguem se ajudem e medrem esses que estão
chegando já… passando por perto daqueles que – se precatando – os começam a
ajudar…
…preparando caminhos e lugares e ninhos para que possam arribar
e estar – e concentrar luzes e vida – força transcendental…
Pra os outros - irmanados – os tais desesperados –os que se atiraram a mundos escuros, a tempos sem
fundo – a outros recantos e encantos… e mesmo assim recordam o canto da luz
pura a os chamar…
E em noites e dias – tem imagens fugidias – de onde
deveriam, poderiam – ter chegado a chegar…
Não estando esquecidos – desse fogo vivo, amigo - que por
dentro os continua a incendiar…
Assim sabendo e sendo reconhecidos – poderão encontrar
retorno e abrigo – até a onde o caminho os puder levar…
– a serem de novo
vistos, a estarem de novo claros… a transparecer no dia o que tinham em si
lacrado, Alba luz que clama que por dentro – de novo – com o tempo – os reclama…
São as sementes silentes – enterradas bem fundo para o Amor
Presente… para germinar em tempo e lugar – entre os restolhos que o tempo de
encarregou de dispersar…
E surge a alvorada – essa nova pura e sagrada – essa tão
esperada – de olhar – para Leste num certo dia – num certo lugar… e a chama –
escura e fria – venha de novo:
– com força amiga –
nos aquecer e elevar…
….essa que trespassa noite e dia e nos une numa nova melodia…
Harmonia – de entre mãos amigas se entrelaçar… como esferas que se fazem
pequenas luzes entre olhares e formas veras
– apara assim poderem de novo – entre nós – por nós – estar
-
força amiga – antiga –
como o próprio Ser que nos anima: começar, desde já - a aprender e ajudar a ser
a quem queira assim – também – aprender a se erguer e despertar…
Assim de novo voltar a entrelaçar, voltar a erguer: a
esperança de luz, a que nas mãos puderes portar… como água viva – transparente e cristalina –
que as chagas da vida possa de novo curar…
…assim de novo espargir, sementes de vida, crença ainda mais
antiga, do que o medo que nos pretende separar…
E assim veres essa luz viva,
em teu redor – desde sempre - a
te amparar… entre os véus e as aparências que essa mesma luz pareciam poder
ocultar…
E – se assim puderes - entre outros seres, partilhar… assim
ergueres templos vivos – da luz amigos – a se entrelaçar…
Cantos de vida que nenhum ruído poderá abafar… entre as vidas
dos VIVOS que em coro se unem num canto
original…
Libertando… cadeias e grilhões que nos pareciam reter… e suspirar e
respirar e aspirar de novo o Verdadeiro Ser …
A origem e a verdade em ti a tens – também… sem a possuir ou
reter ou utilizar ou vender ou comprar.. simplesmente por o Ser…
E se em verdade quiseres ajudar a renascer… outros que vêm,
alguns que passam e os que já abraçam a força viva que os gerou….
A força que os animou…
a força que os libertou… e que – presente – neste momento – aparentemente ausente
– se mostra – suavemente – apara assim se poder optar
– entre ir ou ficar– deste – apara aquele “o tal” lugar… que
se mostra no Coração, quando assim – em devoção, se souber em Devoção Tocar…
e as vestes brancas, os hábitos brancos - hão assim se mostrar -enquanto por hora caminham… enquanto pairam e “aninham”
– entre este e aquele lugar – original…
Aquele que poderás encontrar e ajudar a salvaguardar para
que possam – cada vez mais – se juntar – se souberes tu também seres – parte da
dança e do canto que se vai em breve elevar…
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