sábado, 21 de abril de 2012

Ancestros



Fluindo entre as gotas de chuva, protegido pelos ramos do carvalho…
Vitalizando meu ser ferido, entrando no mundo do eterno fado…

A figura interna do Tao exteriormente modelado, vai ficando comigo… dentro e lado a lado…
A voz do mestre oculto apela a que revele minha própria voz… e o fluir acontece… sei quem sou!

Vem o fogo e toma seu lugar, somos vozes no tempo que se perpetuam sem cessar…
Um feito muitos, arte que se faz, o que em nós respira exulta ao nos permear…

Tao do círculo… silêncio… a mente não quer lá chegar…

Movimentos erráticos, medo em avançar…

Então à o silêncio… o aquietar…

Mergulho no sonho, na noite sem par…

Meu ser pequeno invoca os ancestros… aqueles que fizeram da arte amar

Sinto sua vida, sua presença – seu “sim” para que possa começar…

E os movimentos fluem… uma dúvida ainda aqui… uma hesitação acolá… mas algo está de novo comigo e o Tao flui no seu curso vital…

Os ensinamentos respondem, suspiros velozes que passam em cada nova posição, em cada novo despertar… e este ser segue o fluxo do Tao e daquilo que tem para me revelar…
Honra a aqueles que preservaram os movimentos para que pudessem ser despertos pela dedicação de quem escolhe praticar.

Obrigado à arte e aos seus guardiães por mo mostrar.

Eternamente grato

Sem comentários:

Enviar um comentário