quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sobre tempestades, avalanches e muros bem centrados - paredes de vontades firmes na honra dos antepassados

Quando uma força - aparentemente colossal - vem em nossa direcção... sente:

De onde vem a imagem de uma tal avalanche, de um tal poderio... de um tal medo ou receio que te façam ver o que não existe?

Quando o frio te gela a vontade e o desespero obscurece a verdade do teu olhar sereno... pensa:

A força do gigante que vês é a tua própria força roubada... o temor que sentes... aquilo que pretendem convencer-te como não sendo teu - é apenas o teu próprio poder deslocado de uma pedra firme onde afundar o teu barco nesta tempestade mental...

Assim - pisa seguro... e - se não recordas o porquê de lutar - evoca os pilares que te elevam e que te fizeram levantar...

De entre as bestas e animais ferozes e de entre toda a selva inventada por escravos e algozes...

Evoca o princípio de justiça, tua fundação forte, tempera teu ânimo para que persevere e com prudência gere o teu alento até que o gigante tombe...

Sem arredar pé - invoca o quinto elemento e a sua verdade... presente: confia na voz que em ti nunca dorme...

E uma vez dentro do seu círculo perfeito, enquadra o teu golpe como gesto firme, decidido - opção centrada de quem olha o inimigo com peito aberto... em liberdade...

E verás que o turbilhão descamba contra uma parede imóvel... e que a avalanche se torna chuva em Primavera perante o fogo que a consome... e saberás finalmente quem era o que confrontavas: não a pessoa em frente, a situação presente ou as imagens perdidas dos teus fantasmas...

Verás essa resistência velada, tensão latente de quem ama - e, perseverando - se compromete: dia a dia, degrau a degrau - a subir a eterna escada...

Pelos que se mantêm firmes no seu posto de combate, por todos os que que não desanimam com pesar e por aqueles - estando velados - que mantém o nosso barco a vogar...

Honra ao Homem do Leme

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