quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Só para quem tiver tempo, vontade e não esqueça a idade da cultura que lhe calça os pés...




as sete mulheres do Minho




Artes a opções – apontar vida às Vocações:


Um torneio de gentes que se encontrem, por uma causa;

Por uma sustentação de algo – de uma devoção por uma cultura em risco de desaparição.

Uma cultura que se mostra na espiga de milho vermelha – ainda plantada em certas alminhas perdidas ao longo das nossas estradas;

Que se espreita nas coroas floridas, entre carvalheiras esquecidas e sementes – de vidas – que são muitas vezes ainda lembradas – ecos das desfolhadas, ecos dos linhos, das vinhas em conjunto colheitadas… colheitas do Ouro Minho lembradas…

Muitas vezes em pequenas celebrações evocadas, em cortejos de etnografias de pequenas Vilas ainda enaltecidas e em bom nome tidas… sejas as festas e romarias – de lugares que passamos e percorremos – todos os dias –e nem as vemos:
Desde as Agonias – tão grandes e altas – que são milhares de mulheres, de cantares, de noivas que pareçam de outros lugares – de negro vestidas para serem de oiro investidas…
Desde as Feiras novas e as Vacas de Cordas que se mostram por entre a ironia dos dias – que já não canta em roda – tantas rodas vivas em festas que nos animam – nas noites – ais quentes entre essas gentes – Humanas e espontâneas sintonias e tradições entre o vento plantadas e festejadas ali onde pareceriam serem tudo – e serem mais que nadas… como essas cordas assim entrançadas em vacas de outros lugares ali evocadas;

Desde as mais antigas – Santos populares assim diziam – o António lá longe o S. João nas argas que se benzia – umas subiam e desciam e tantos outros traziam – como as sementes de vida debaixo do braço – da senhora Do Minho e das Argas espiga de Vida nos nossos dias ainda mantida… ainda que por vezes – meio velada – meio esquecida, meio apagada – ainda que lá no topo – desde sempre – coroada;

Quando rezam S. Pedro já se acaba – e dizem que S. João se acende – é nas Argas – certamente – que o outro já previamente findara… coisas das nossas gentes –que celebram alegremente – saltar a viva chama – passar a chama da vida – essa que mais não se apaga – com gestos de prendas à janela cantadas – esperando em trapos de linho fino – com mãos de oiro bordadas – cartas das namoradas antigas – hoje em dia estampadas – quando antes eram as próprias vidas – ali tidas – como aprenda ou penhor de amor maior entregues e dadas – simplicidades entre as nossas cidades ainda veladas – por senhoras e por senhores que são tudo – e que são ainda vivos par anos evocarem – esse tal registo vivo e do animo – ainda em animo no-lo contarem, cantarem e encantarem…

Quando os cortejos mostram o milho batido, quando se lembra de arregaçar… mais as calças e não tanto as mangas – para fazer vinho pisado ou esmagado – um pouco por todo o lado.

Quando o linho era como ouro entrançado, por fio e por algo – amor ao lado – vendo como o amor ia entretecendo o fino linho depois rebolando – pequenas histórias que os avós – nos vão contando e que – de si por si – valem tanto… tanto…

Como no sul se fala da apanha- da rama mais bela desse linda oliveira que mais nada tema… nem tanto da azeitona – açoitada e a pau ao chão atirada – e sim de quem inveje quem tenha – mais do que parelhas, ou campos, ou montes – essas águas puras dos teus olhos e teu olhar – assim bebido, embebido de amor amigo entrevisto em todas as frontes.

Como alguém que nos diga – mesmo perto – em Viana – que é beijo passado de mão a irmão – entre malga de gente, de povo, de humilde gente que é e sempre foi o coração da Nação…

Como quem dizia que a casa portuguesa era a alegria da grande riqueza – de entre a aparência da pobreza ainda se ter tempo e gente – estranha gente – para se servir – bem servir e ser –à mesa – coma gente – também assim portugueses e portuguesas – contentes…

E entre pequenos gestos se erguiam – grandes castelos – como os braços finos  belos – que rodopiam – em lindos chinelos – de madeiras socas, de madeira as que batiam maçarocas, as que rodopiavam…
as que dançavam e saias e saias assim elevavam… e levavam – as vistas aos céus – além dos teus olhos e dos meus – e nada de si mesmas mostravam – apenas virtude e vida -  na e pela terra levantavam…

essas dos tais ranchos – “folk lore” em palavra estranha – que se vai fazendo dia a dia traduzida – numa mesma cultura assim mantida – “o senhorio do povo, das gente simples” –a fé dos humildes – o chão da terra verde – da terra que é fértil, como fértil e gentil – é agente que a nutre e que terra assim mantém.. em ti e em mim… também…

são terras do alto ou baixo Minho – terras de Galiza – terra de algum que outro lugar onde a carolina se cante e ninguém mais venha a se incomodar…
E se o que Cura não dança – é que mantém a esperança – curando com as mãos – sendo o que tem coroa na cabeça – essa que povo mais não esqueça – como os carvalhos centenários – coroados em abriladas – transformados em maios… assim floridos- assim e vida investidos…
Sejam as farinhas mais antigas e as castanhas de outros dias - como landras as chamamos outros dizem cocas às festas de Monção de ambos os lados – ecos dados – aos outeiros de verde e oiro engalanados – como rios quais serpentes fluentes ou ferventes, assim traduzidos entre as gentes
– corpos vivos alimentando os nus e despidos – de vida que se comparte – aqui além e em toda a aparte – ali onde um esquilo corria e saltava e as bolotas escondia, e novos reis assim plantava… pois eram as douradas sementes assim espargidas sem vento nem mão e sem nada – e as tais bolotas eram brinquedos de gentes ignotas…
Cocas de dragões engalanados – esses que ainda vemos por todos os lados – esses que se vêm em Redondela – entre a dança das espadas, dos círculos e das fitas – da linda donzela – amais bela – que dance na roda – aqui além, na roda inteira – seja desde o sobreiro irmão – que se diz na mesma voz e na mesma oração…

Nobre luz… assim sempre titânica – que se estende numa voz forte esse faça voz atlântica…
Seja um oceano rugindo de amor… seja num povo que traduz seu louvor –numa mesma língua dizendo graças – numa forma de se lembrar de outras vidas entre outras praças…
Barcas que atravessaram oceanos – reis da noite feitos pequenos pedaços – barcas de tempos incendiadas e portos antigos – de uns novos sítios assim ditos “antigos” – uns tombados – outros reerguidos – juntos mais fortes como sempre – amigos…

Festa do vale melhor, festa do mesmo vale – festa de onde o rio une o que mais não separe…

Que as águas da terra fértil verde e corrente – sejam partilhadas por mesma cultura – de diferença aparente…
Uma festa que se celebre – entre gente que canta – com voz aguda e pungente enquanto alguma outra dance… dos bombos, dos gigantes, dos cabeçudos… daqueles nadas que são mais que tudo… e se recorde e desperte e acorde – o que mais une e define e mais não acaba- que esta nossa comum barca começa a vogar – e com um “festeixo” – de Minho – poderia ainda ajudar… a melhorar…
Alguns dizem que se conhecem “tuteando-se” outros que se conhecem em “Suiça” – nem falando…

Uns jogam à “visca” – outra parte a  “brisca” fazem falando – o dominó todos conhecem e todos jogam – tanto.. tanto…

Neste tempo – sem fundamento – no que de novo partimos… além mares seguimos… além Europa saltamos e toda a Europa acolhemos – ano a ano –cada vez mais acolhemos – cada vez mais sabemos – que juntos nos queremos – não o Diga João Verde – em terras de estranhas chuvas e tempestades – quando as terras em frente foram salvas -  quando alguém cante – e Pardo – encante invocando “saudade”…

Assim dividimos – o mesmo “Berço” – o mesmo destino – seja um fado cantado – seja assim por Rosa que no lo lia anunciado – seja amando e lendo assim divulgado – seja com Mar Uxia e Pontes assim recontado…
Porto de gente igual, porto de gente que sabe ir além bem além mal… porto de gente silente – que se mantém rumo em frente – em seu passo original… sendo as gentes que partilham aromas e as sementes… das suas próprias águas de rios correntes – Rodríguez para quem quiser – Rodrigues para quem souber…
Um dia algo nos dizia – que cedera linguagem se deveria – que os reis se perseguia – uma e outra força se erguia e sabendo – dizendo “NON” assim mesmo fazia…

Uma oliveira assim traduziu, uma fogueira de Junho se reuniu, os Mesmos Maios assim cantados – em noites antigas – namores de aguas vivas celebrados – queimadas assim azuis – portos de mares de aguas iguais… seus olhos não enganam ninguém sendo olhos de povos “irmáns”…  alalala das marinhas, rias que se chamem – daqui ate Aveiro – flores de Lis de sacra cerviz;
 – lendo o costume de se ver boa água como se fosse oiro e dinheiro… sendo que milhas d’oiro são cocas a tempo inteiro…
Lis é boa, Aveiro assim a diz, Ourense nem se lembra de ler ao contrário – o que é maior do que o Minho em si Condiz…

Ver as mesas roupas e xailes… estendidos… nem por lágrimas lutos tirados – assim honrados… mesmas costas de pedras em cruz… mesmas vidas de mar e amar e sal… mesmo cântico – amar e mar por igual…


Costas de vidas – de costas a morte – costas com costas dias de vidas floridas – como as avenidas de uma alegre consorte…

Lenços garridos em mão… cantares antigos e danças pela mesma razão – vida que se festeija… vida que se almeija… vida em vida que assim vida que sobeija… colaborar com que se conhece e reconhece – e assim s enriquece…
A vida que ousamos partilhar, os mesmos campos verdes que sabemos trilhar… os mesmos mares que lembramos de navegar… regrando a hora – agora sendo hora de voltar…

Sendo o mundo inteiro – nosso – pequeno recanto derradeiro… estando seu lume preso – seu antigo fogo baço… como se um pequeno lar fosse um paço… e num passo… estando tão perto neste mesmo espaço – optar por novo mar a se trilhar… e atravessar para de novo emigrar…
e ainda há tanto, e somos tantos a recordar e evocar… que ser Português é falar português – dizia certa pessoa olvidada e um António que era de Castelo firme afirmava:
 – que o galego não sendo cantado – vivia no fado  e no pais ao lado – sendo assim ostracizado  e tendo emigrado – deixou nosso comum destino bem selado…
Voltou a alma que nos anima – depois da ”dura estiva” – se aproxima outra primavera vernal… preparar os cestos para a Vindima – é chamar à gente amiga e dizer seu nome por igual…
Começar pelo saber e fazer regional – pelo folclore bem geral… comum a toda agente que sendo humilde- não desmente – ser esta palavra por igual – mostrando terra e sustento – debaixo do pé – de quem estiver atento… e do verdor geral… e do benignos astros – marcados – por meridianos invertidos assim lembrados… sendo os tais amigos… namorados… desde tempos antigos… desde sempre assim honrados…

Cantos de associação.. publicamente sim… e publicamente não… sendo bandeiras tricolores – ali ficaram os melhores…

Sendo os cantares verdes – sendo que a Rosa que lia assim traduzia, sendo Castelao quem o fazia, sendo que as letras da academia – era reais – e assim eram em terra própria: bem estar maior entre o s de menor dimensão – gerais… esses tais 2maiorias” entre tanto oiro de ruas alagadas, entre as lamas e assocas e a ruas pavimentadas – calçadas Portuguesas descalças – entre a fainas dos mares e rios dispersas… sete saias assim levadas –sete saídas assim como entradas… mesmas Vilas acasteladas- mesmos dizeres sem dizeres nadas…
Cantares assim – desafios mil – entre quem se conhece e reconhece de forma simples e viril – que vil gemido leve o teu ser brando e que um sublime canto de eco parecido – seja de novo erguido – por arte de encantamento – sem ser pelo ar – nem pelo vento – seja pelo nosso comum sustento…

Assim, tanto folclore, tanto rancho – nem precisa de chegar a Riancho – que se canta a “Rianxeira” de forma verdadeira é a penha chama portuguesa de qualquer maneira…

Assim, se a tradição for afim se as dificuldades passadas em presentes manifestadas – assim poderia ser que um qualquer folclores chorasse – ou então em feito e obra mostrasse – que mais define e une e não mais separasse…

Veja-se essas espirais iguais, essas rosas bordadas, em lenços de gentes “namoradas”…
Nessas tais socas – mais não encarnadas… nessas Rosas assim lembradas… essas que se cantam e encantam – pela madrugada… essas que se lembram em verso e em prosa – seja feiticeira que se diga- Represas quem a cante… seja uma legião inteira que repita – que se perdeu algo algures a Norte em qualquer parte… e se ouça o grito de um fole – que lamente a esperança – que mantenha o fogo das gentes e a sua mesma e semelhante herança…

Essa que se desconhece – na noite que arrefece – e que ainda assim se faz castanha – seja assim como os castanheiros, os carvalhos os outeiros – que são dos maiores os mais velhos e nos lembram calendas lendárias – nos lembram o que a voz do povo consente e que lei de algo novo apaga…

Pagando assim pouco a pouco… fazendo festival e eixo – do são e do louco – algo de novo se compraz… que se encontrem os ranchos e os folclores para ver se  a carolina sobe – desde o Minho  a Trás os Montes… Minho á frente ou Minho atrás… e se a saia em si leva – o que o destino em si reserva – para quem a souber de novo lembrar, dançar ou cantar… seja que o alecrim aqui chora e que o Romeiro ali faz chorar… sejam cardos… sejam Prosas… meu senhor de senhora – sejam estas as nossas mesmas Rosas…
Essas que se hão de cantar – seja sol – e dia – seja noite ou luar, noite ou luar, noite a celebrar…

Seja a mesma brisa que vem do escuro, seja a mesma Flor do cristal mais puro, seja esse vento forte… de imagem viva de algo de esperança pela maresia trazida – assim também partilhada – assim também celebrada – mesma história assim reforjada – entre os que ainda criam que a gente se ria e os lírios no leito esperavam…

Um Festeixo de gente com algo de amor e deseijo… um festiminho pequeninho… um algo de carinho ou agarimo – algo de mimo  e primor por um futuro melhor…

Um encontro no que os das “artes” – essas que representam tantas partes – milhões e federações – sejam da Galiza campeões – sejam de Portugal e da Maia o seu Melhor – sejam outros que nem face, nem medalha, nem bandeira nem estandarte – estando lá presentes apresentem sua arte… e no silencio – como um tal ser, de barba por fazer, de barba “mal coidada” – se esvaiam – depois de ter dado de si o tudo e o nada e nada se leve em a não ser o que de vivo querer lhe saia…

Assim a ideia possa ser – rever oque temos em comum e em comum começar a bem fazer…

Rever essa forte tradição – além das pedras escritas, além das histórias ditas – uma mesma nação separada – ainda que seguindo unida e no tempo e vida assim disfarçada..

Mostrando sua voz mais garrida, sua vestimenta de dias e época antiga, suas tradições de milhos e maios, dos lugares santos mais centenários – antes dos mendizabais e antes dos que liberalizavam – quando as “Marias” eram MARUXAS e as da Fonte não era bruxas e mais forte encantavam
– seja agua pura que na cabeça levavam – a mesma que nossos cântaros de barro assim fabricaram…
- Mesmo pão  e fermento, mesma farinha e alimento…

Mesma terra e estar atentos – a que não venha o Lobo em pleno inverno – de gente e da gando famento… sendo filhos do Barlovento – estar em Maruxia é trabalho de faina em época fria… em época estival… em época de forma e maneira sazonal…
Assim – convidar – os que reluzem – a se tapar – por honra e brio ao bem estar nacional… e assim fazer – devagar – em forma de círculos e de cabriolas assim demonstrar:

Uma lâmpada escura – uma veste escura também – como o “loito” que se avizinha se vizinhos não formos a bem…

E pegar em ferramentas de outrora – uns com algo assim a uma grafonola – dar som á ocasião e fazer do espectáculo para uns poucos espectáculo por milhão…
Os outros com uma pequena gaita e um acordeão – piano de povo que é grande assim em toda a parte – se cante e se encante um sentir e ser de nação… enraizar saber e viver e tradição nas festas novas – entre as novas festas que nos estão a propor…

E assim – entre campos – gerar – um campeonato cíclico – ao vivo –entre tanta e tanta gente que é nisto “perito” com arte de devoção original – a fazer “side show” por igual – de cara tapada, de veste negra e algo iluminada por luz negra a revelar – caracter sem ser de espada, o fogo da roda que não se paga, a mão vazia cheia de tudo… o que combate e o do judo… todos assim por igual – musica e silencio na luz… e o que reluz em alvor e valor – seja o algo maior que terra ganhe por todos e por igual… no final ficam com os louros o do regional e os outros que tudo temos partimos em levar a mal…
Contribuir por algo melhor – na abertura – abrir olhos do espectador – com algo original e espectacular – depois deixar a gente nova e velha – criança por igual – festejar e se entrelaçar  no canto da terra e da faina e da estiva por igual…

No meio do turno – dar algo mais do que o de diurno – ser de novo aluno – aluna- desse algo ancestral –q eu ensina  motiva a se entregar por uma causa maior e um melhor valor de todos e por igual… sem medalhas nem “podiums”… nem renome a s elevar – simplesmente estar – dar de si o melhor e depois partindo fazendo a diferença – que de novo o “ringue” da vida aqueça…
para que a vida e a gente devida assim não se esqueça nem se empobreça - que a riqueza das nossas vidas está na grande pobreza de abrir a porta sem medo… e sentar na mesa quem é amigo… sentido… quem era irmão prometido… quem seja… de volta bem recebido…

voltar aos que cantam, voltar aos que nos encantam, com a tradição que aqui se pretende evocar e com causa de comum associação – de serviço a um bem maior – do que simplesmente estar por estar…
São mil anos uma história… de viver a partilhar… voltarei amor – na força desta maré…  que ainda nos pretende separar… assim sendo legião… de coragem de leão.. seremos uma forte e humilde nação… algo simples que se exprime – no cantar de quem sabe, no saber que mais não cabe em qualquer currículo a se mostrar – e que exprime e traduz – na verdadeira cor da selecção que reluz – nas cores vivas de qualquer lugar – que tenha assim espaço e tempo e qualidade para seguir a existir e assim nos ensinar… mais do que “molidos” consensos – estejamos atentas, atentos.. e firmes assentos a nobres pobres ensinem….
As gentes magicas rimem – que de certo irão recordar… a voz irmã que – por dentro – em coração liberto – assim nessa gal@ nos está a falar…
No final – regressar outra vez.. e outra vez voltar… a esse ringue que não se mostra e sem se mostrar – voar…
Seja na forma e na arte.. seja no que por dentro se comparte… esse algo que nos motiva a avançar – a ir e treinar… e depois regressar – qual soldado desconhecido – qual peregrino sem abrigo – para ao caminho devido assim voltar – nesse dia a dia que se estende – noite  dia a te encantar… Rosa em peito escrita.. em mesma linguagem dita – Rosas diferentes do mesmo quintal… uma canta de forma a que o sol se erga… outra diz que o Sol se vai levantar… uma diz que a coisa está perdida – a outra diz que ainda vai melhorar…

Rosa ou folha ao vento – alento e desalento… mesma terra a se reforçar ou – nos trunfos ainda por mostrar – assim de forma simples a se manifestar… e entre os tais – os humildes –os da ”terra” a crescer e vingar – nem com vinganças frias, nem com lutas vazias – com criatividades de gentes vivas, assim em suas vidas a poderem gerar – esperanças luzidias – em pequenos encontros  a se reencontrar…

Poderia ser uma Cidade – que tem nome de Val, poderia ser Tudo ou nada assim a se iniciar… poderia ser Cervaria – uma outra imagem de rei – algo que antes se descrevia – quando terra era preenchida – pelo oiro e pelo verde assim vestida – em flor se traduzia – e em alimento e fermento a vida se comprazia…

Poderia ser entre a terras das grandes aguas de céu caídas e dos filhos do vento assim de novo trazidas  como as trazidas águas da tradição… ou em terras salvas… em terras alvas.. assim partilhadas – em trimestres de vidas marcadas… entre quem ainda lembre… que Goi – implica Vigor… e que Govios eram terras de nomes de louvor… e assim seriam seis terrenos empatados… por eventos irmanados.. cantando em diferentes fados.. as mesmas tradições por seres vivos e irmanados…

O resto é o de todos os dias – associações publicas mais não vazias – Federações que dêem algo aos milhões.. desde os quase 3 de um lado aos quase dez de outro -  e aos tantos às tantas -  tantos por todo o mundo um pouco – que também sabem ouvem e cabem – no coração de quem lembre – quanto custa deixar a atrás o que por dentro se sente…
merecem as tais medalhas “d’oiro” – dos rios correndo – qual regatos pequenos, qual fontes vivas das que – nós aqui -  ainda todos bebemos… e cuja riqueza e vida e cultura a amar e saber amar – ainda mal conhecemos…

Pequenas propostas para quem todos sabemos – federações de Nações – a todos nós que a essa pertencemos – assim servem e assim todos bem sabemos;
Assim os estados – todos nós saberemos bem recebê-los, saberemos bem ama-los- saberemos bem ensina-los e saberemos bem comportar-nos com aquilo que todos tanto requeremos…
Assim pequenos momentos, encontros grandes entre os antigos outeiros, encontros pequenos em muralhas de saias… de saiotes que amemos… entre as cortinas estendidas das janelas de novo vivas com as luzes dos lares pelos que tanto.. tanto tememos…

Teme é reconhecer – é conhecer – o mundo inteiro que levamos dentro reflectido em vida e nesse breve momento… depois a prática e a devoção e a vida do dia a dia e a dedicação… ao que se ama, a quem se deve amar… à terra inteira em volta – tão verde e bem-fazeja – que de nos se encarrega de bem cuidar…

Faltam os Homens na Galiza – gritava em voz de Camões que lia Rosalia – e afazia voz de todos nós…
Faziam trovas de vento que passa e Portugal  Europas contidas dizia – que as chamas ainda erguidas, vidas acendidas – dizia assim “sim” – à vida, às raízes contidas, a tantas letras de fados assim escritas, por vozes de mar lidas e de novo reescritas – vozes do Sr. Portugal – que dizia ao barro terroso – ao ser que se mostrava amoroso – “a tua vida não!”….
Se por ti mesmo livre, dessa indigna “servidume”, desse algo de peso que se chama “alcume” da dependência de outra constituição
 – que não a que traduza a eloquência, a profunda beleza e decência do teu ser nobre, de se parecer ser pobre sendo ainda nação… de se sentir a voz do vento marinheiro, a voz do outeiro e do rio correndo, a voz do carvalho e do sobreiro, e da azinheira e da pequena, pequena que quieira – ainda aprender a cantar – que ainda haja quem ensine essa música que antes se fazia soar…

Brade a Europa à Terra inteira que esta alma verdadeira ainda de si não se deu… que o que se encontra oculto, que o que em nós é de vulto – nem se mostra nem se rendeu... vive nas raízes entrançadas, vive debaixo das estradas calçadas com a pedra que nos fez… vive além das linhas marcadas, das quotas traçadas para aquilo que ninguém concedeu…

Viva na vida que disse sim a si mesma, que disse sim à cultura de cada local, de cada lugar e região… vive nas gentes que lembram essa tal triste doce canção…

Chamada de fado – de destino selado – ainda mal revelado – por ainda não ter sido mostrado – o final de um som entrelaçado… ecoado por todo o lado – neste mundo estranho que ajudamos a fazer nascer… em semente ainda criado… em gérmen ainda guardado.. esperando a sua verdadeira fruição… esperando a sua verdade reunião…



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