as sete mulheres do Minho
Artes a opções – apontar vida às Vocações:
Um torneio de gentes que se encontrem, por uma causa;
Por uma sustentação de algo – de uma devoção por uma cultura
em risco de desaparição.
Uma cultura que se mostra na espiga de milho vermelha –
ainda plantada em certas alminhas perdidas ao longo das nossas estradas;
Que se espreita nas coroas floridas, entre carvalheiras
esquecidas e sementes – de vidas – que são muitas vezes ainda lembradas – ecos
das desfolhadas, ecos dos linhos, das vinhas em conjunto colheitadas… colheitas
do Ouro Minho lembradas…
Muitas vezes em pequenas celebrações evocadas, em cortejos
de etnografias de pequenas Vilas ainda enaltecidas e em bom nome tidas… sejas
as festas e romarias – de lugares que passamos e percorremos – todos os dias –e
nem as vemos:
Desde as Agonias – tão grandes e altas – que são milhares de
mulheres, de cantares, de noivas que pareçam de outros lugares – de negro
vestidas para serem de oiro investidas…
Desde as Feiras novas e as Vacas de Cordas que se mostram por
entre a ironia dos dias – que já não canta em roda – tantas rodas vivas em
festas que nos animam – nas noites – ais quentes entre essas gentes – Humanas e
espontâneas sintonias e tradições entre o vento plantadas e festejadas ali onde
pareceriam serem tudo – e serem mais que nadas… como essas cordas assim
entrançadas em vacas de outros lugares ali evocadas;
Desde as mais antigas – Santos populares assim diziam – o
António lá longe o S. João nas argas que se benzia – umas subiam e desciam e
tantos outros traziam – como as sementes de vida debaixo do braço – da senhora
Do Minho e das Argas espiga de Vida nos nossos dias ainda mantida… ainda que
por vezes – meio velada – meio esquecida, meio apagada – ainda que lá no topo –
desde sempre – coroada;
Quando rezam S. Pedro já se acaba – e dizem que S. João se
acende – é nas Argas – certamente – que o outro já previamente findara… coisas
das nossas gentes –que celebram alegremente – saltar a viva chama – passar a
chama da vida – essa que mais não se apaga – com gestos de prendas à janela
cantadas – esperando em trapos de linho fino – com mãos de oiro bordadas –
cartas das namoradas antigas – hoje em dia estampadas – quando antes eram as
próprias vidas – ali tidas – como aprenda ou penhor de amor maior entregues e dadas
– simplicidades entre as nossas cidades ainda veladas – por senhoras e por
senhores que são tudo – e que são ainda vivos par anos evocarem – esse tal
registo vivo e do animo – ainda em animo no-lo contarem, cantarem e encantarem…
Quando os cortejos mostram o milho batido, quando se lembra
de arregaçar… mais as calças e não tanto as mangas – para fazer vinho pisado ou
esmagado – um pouco por todo o lado.
Quando o linho era como ouro entrançado, por fio e por algo
– amor ao lado – vendo como o amor ia entretecendo o fino linho depois
rebolando – pequenas histórias que os avós – nos vão contando e que – de si por
si – valem tanto… tanto…
Como no sul se fala da apanha- da rama mais bela desse linda
oliveira que mais nada tema… nem tanto da azeitona – açoitada e a pau ao chão
atirada – e sim de quem inveje quem tenha – mais do que parelhas, ou campos, ou
montes – essas águas puras dos teus olhos e teu olhar – assim bebido, embebido
de amor amigo entrevisto em todas as frontes.
Como alguém que nos diga – mesmo perto – em Viana – que é
beijo passado de mão a irmão – entre malga de gente, de povo, de humilde gente
que é e sempre foi o coração da Nação…
Como quem dizia que a casa portuguesa era a alegria da
grande riqueza – de entre a aparência da pobreza ainda se ter tempo e gente –
estranha gente – para se servir – bem servir e ser –à mesa – coma gente –
também assim portugueses e portuguesas – contentes…
E entre pequenos gestos se erguiam – grandes castelos – como
os braços finos belos – que rodopiam – em
lindos chinelos – de madeiras socas, de madeira as que batiam maçarocas, as que
rodopiavam…
as que dançavam e saias e saias assim elevavam… e levavam –
as vistas aos céus – além dos teus olhos e dos meus – e nada de si mesmas
mostravam – apenas virtude e vida - na e
pela terra levantavam…
essas dos tais ranchos – “folk lore” em palavra estranha –
que se vai fazendo dia a dia traduzida – numa mesma cultura assim mantida – “o
senhorio do povo, das gente simples” –a fé dos humildes – o chão da terra verde
– da terra que é fértil, como fértil e gentil – é agente que a nutre e que
terra assim mantém.. em ti e em mim… também…
são terras do alto ou baixo Minho – terras de Galiza – terra
de algum que outro lugar onde a carolina se cante e ninguém mais venha a se
incomodar…
E se o que Cura não dança – é que mantém a esperança –
curando com as mãos – sendo o que tem coroa na cabeça – essa que povo mais não
esqueça – como os carvalhos centenários – coroados em abriladas – transformados
em maios… assim floridos- assim e vida investidos…
Sejam as farinhas mais antigas e as castanhas de outros dias
- como landras as chamamos outros dizem cocas às festas de Monção de ambos os
lados – ecos dados – aos outeiros de verde e oiro engalanados – como rios quais
serpentes fluentes ou ferventes, assim traduzidos entre as gentes
– corpos vivos alimentando os nus e despidos – de vida que
se comparte – aqui além e em toda a aparte – ali onde um esquilo corria e saltava
e as bolotas escondia, e novos reis assim plantava… pois eram as douradas
sementes assim espargidas sem vento nem mão e sem nada – e as tais bolotas eram
brinquedos de gentes ignotas…
Cocas de dragões engalanados – esses que ainda vemos por
todos os lados – esses que se vêm em Redondela – entre a dança das espadas, dos
círculos e das fitas – da linda donzela – amais bela – que dance na roda – aqui
além, na roda inteira – seja desde o sobreiro irmão – que se diz na mesma voz e
na mesma oração…
Nobre luz… assim sempre titânica – que se estende numa voz
forte esse faça voz atlântica…
Seja um oceano rugindo de amor… seja num povo que traduz seu
louvor –numa mesma língua dizendo graças – numa forma de se lembrar de outras
vidas entre outras praças…
Barcas que atravessaram oceanos – reis da noite feitos
pequenos pedaços – barcas de tempos incendiadas e portos antigos – de uns novos
sítios assim ditos “antigos” – uns tombados – outros reerguidos – juntos mais
fortes como sempre – amigos…
Festa do vale melhor, festa do mesmo vale – festa de onde o
rio une o que mais não separe…
Que as águas da terra fértil verde e corrente – sejam
partilhadas por mesma cultura – de diferença aparente…
Uma festa que se celebre – entre gente que canta – com voz
aguda e pungente enquanto alguma outra dance… dos bombos, dos gigantes, dos
cabeçudos… daqueles nadas que são mais que tudo… e se recorde e desperte e
acorde – o que mais une e define e mais não acaba- que esta nossa comum barca
começa a vogar – e com um “festeixo” – de Minho – poderia ainda ajudar… a
melhorar…
Alguns dizem que se conhecem “tuteando-se” outros que se
conhecem em “Suiça” – nem falando…
Uns jogam à “visca” – outra parte a “brisca” fazem falando – o dominó todos
conhecem e todos jogam – tanto.. tanto…
Neste tempo – sem fundamento – no que de novo partimos… além
mares seguimos… além Europa saltamos e toda a Europa acolhemos – ano a ano
–cada vez mais acolhemos – cada vez mais sabemos – que juntos nos queremos –
não o Diga João Verde – em terras de estranhas chuvas e tempestades – quando as
terras em frente foram salvas - quando
alguém cante – e Pardo – encante invocando “saudade”…
Assim dividimos – o mesmo “Berço” – o mesmo destino – seja
um fado cantado – seja assim por Rosa que no lo lia anunciado – seja amando e
lendo assim divulgado – seja com Mar Uxia e Pontes assim recontado…
Porto de gente igual, porto de gente que sabe ir além bem
além mal… porto de gente silente – que se mantém rumo em frente – em seu passo
original… sendo as gentes que partilham aromas e as sementes… das suas próprias
águas de rios correntes – Rodríguez para quem quiser – Rodrigues para quem
souber…
Um dia algo nos dizia – que cedera linguagem se deveria –
que os reis se perseguia – uma e outra força se erguia e sabendo – dizendo
“NON” assim mesmo fazia…
Uma oliveira assim traduziu, uma fogueira de Junho se
reuniu, os Mesmos Maios assim cantados – em noites antigas – namores de aguas
vivas celebrados – queimadas assim azuis – portos de mares de aguas iguais…
seus olhos não enganam ninguém sendo olhos de povos “irmáns”… alalala das marinhas, rias que se chamem –
daqui ate Aveiro – flores de Lis de sacra cerviz;
– lendo o costume de
se ver boa água como se fosse oiro e dinheiro… sendo que milhas d’oiro são
cocas a tempo inteiro…
Lis é boa, Aveiro assim a diz, Ourense nem se lembra de ler
ao contrário – o que é maior do que o Minho em si Condiz…
Ver as mesas roupas e xailes… estendidos… nem por lágrimas
lutos tirados – assim honrados… mesmas costas de pedras em cruz… mesmas vidas
de mar e amar e sal… mesmo cântico – amar e mar por igual…
Costas de vidas – de costas a morte – costas com costas dias
de vidas floridas – como as avenidas de uma alegre consorte…
Lenços garridos em mão… cantares antigos e danças pela mesma
razão – vida que se festeija… vida que se almeija… vida em vida que assim vida
que sobeija… colaborar com que se conhece e reconhece – e assim s enriquece…
A vida que ousamos partilhar, os mesmos campos verdes que
sabemos trilhar… os mesmos mares que lembramos de navegar… regrando a hora –
agora sendo hora de voltar…
Sendo o mundo inteiro – nosso – pequeno recanto derradeiro…
estando seu lume preso – seu antigo fogo baço… como se um pequeno lar fosse um
paço… e num passo… estando tão perto neste mesmo espaço – optar por novo mar a
se trilhar… e atravessar para de novo emigrar…
e ainda há tanto, e somos tantos a recordar e evocar… que
ser Português é falar português – dizia certa pessoa olvidada e um António que
era de Castelo firme afirmava:
– que o galego não
sendo cantado – vivia no fado e no pais
ao lado – sendo assim ostracizado e tendo
emigrado – deixou nosso comum destino bem selado…
Voltou a alma que nos anima – depois da ”dura estiva” – se
aproxima outra primavera vernal… preparar os cestos para a Vindima – é chamar à
gente amiga e dizer seu nome por igual…
Começar pelo saber e fazer regional – pelo folclore bem
geral… comum a toda agente que sendo humilde- não desmente – ser esta palavra
por igual – mostrando terra e sustento – debaixo do pé – de quem estiver
atento… e do verdor geral… e do benignos astros – marcados – por meridianos
invertidos assim lembrados… sendo os tais amigos… namorados… desde tempos
antigos… desde sempre assim honrados…
Cantos de associação.. publicamente sim… e publicamente não…
sendo bandeiras tricolores – ali ficaram os melhores…
Sendo os cantares verdes – sendo que a Rosa que lia assim
traduzia, sendo Castelao quem o fazia, sendo que as letras da academia – era
reais – e assim eram em terra própria: bem estar maior entre o s de menor
dimensão – gerais… esses tais 2maiorias” entre tanto oiro de ruas alagadas,
entre as lamas e assocas e a ruas pavimentadas – calçadas Portuguesas descalças
– entre a fainas dos mares e rios dispersas… sete saias assim levadas –sete
saídas assim como entradas… mesmas Vilas acasteladas- mesmos dizeres sem
dizeres nadas…
Cantares assim – desafios mil – entre quem se conhece e
reconhece de forma simples e viril – que vil gemido leve o teu ser brando e que
um sublime canto de eco parecido – seja de novo erguido – por arte de
encantamento – sem ser pelo ar – nem pelo vento – seja pelo nosso comum
sustento…
Assim, tanto folclore, tanto rancho – nem precisa de chegar
a Riancho – que se canta a “Rianxeira” de forma verdadeira é a penha chama
portuguesa de qualquer maneira…
Assim, se a tradição for afim se as dificuldades passadas em
presentes manifestadas – assim poderia ser que um qualquer folclores chorasse –
ou então em feito e obra mostrasse – que mais define e une e não mais
separasse…
Veja-se essas espirais iguais, essas rosas bordadas, em
lenços de gentes “namoradas”…
Nessas tais socas – mais não encarnadas… nessas Rosas assim
lembradas… essas que se cantam e encantam – pela madrugada… essas que se
lembram em verso e em prosa – seja feiticeira que se diga- Represas quem a
cante… seja uma legião inteira que repita – que se perdeu algo algures a Norte
em qualquer parte… e se ouça o grito de um fole – que lamente a esperança – que
mantenha o fogo das gentes e a sua mesma e semelhante herança…
Essa que se desconhece – na noite que arrefece – e que ainda
assim se faz castanha – seja assim como os castanheiros, os carvalhos os
outeiros – que são dos maiores os mais velhos e nos lembram calendas lendárias
– nos lembram o que a voz do povo consente e que lei de algo novo apaga…
Pagando assim pouco a pouco… fazendo festival e eixo – do
são e do louco – algo de novo se compraz… que se encontrem os ranchos e os
folclores para ver se a carolina sobe –
desde o Minho a Trás os Montes… Minho á
frente ou Minho atrás… e se a saia em si leva – o que o destino em si reserva –
para quem a souber de novo lembrar, dançar ou cantar… seja que o alecrim aqui
chora e que o Romeiro ali faz chorar… sejam cardos… sejam Prosas… meu senhor de
senhora – sejam estas as nossas mesmas Rosas…
Essas que se hão de cantar – seja sol – e dia – seja noite
ou luar, noite ou luar, noite a celebrar…
Seja a mesma brisa que vem do escuro, seja a mesma Flor do
cristal mais puro, seja esse vento forte… de imagem viva de algo de esperança
pela maresia trazida – assim também partilhada – assim também celebrada – mesma
história assim reforjada – entre os que ainda criam que a gente se ria e os
lírios no leito esperavam…
Um Festeixo de gente com algo de amor e deseijo… um
festiminho pequeninho… um algo de carinho ou agarimo – algo de mimo e primor por um futuro melhor…
Um encontro no que os das “artes” – essas que representam
tantas partes – milhões e federações – sejam da Galiza campeões – sejam de
Portugal e da Maia o seu Melhor – sejam outros que nem face, nem medalha, nem
bandeira nem estandarte – estando lá presentes apresentem sua arte… e no
silencio – como um tal ser, de barba por fazer, de barba “mal coidada” – se
esvaiam – depois de ter dado de si o tudo e o nada e nada se leve em a não ser
o que de vivo querer lhe saia…
Assim a ideia possa ser – rever oque temos em comum e em
comum começar a bem fazer…
Rever essa forte tradição – além das pedras escritas, além
das histórias ditas – uma mesma nação separada – ainda que seguindo unida e no
tempo e vida assim disfarçada..
Mostrando sua voz mais garrida, sua vestimenta de dias e
época antiga, suas tradições de milhos e maios, dos lugares santos mais
centenários – antes dos mendizabais e antes dos que liberalizavam – quando as
“Marias” eram MARUXAS e as da Fonte não era bruxas e mais forte encantavam
– seja agua pura que na cabeça levavam – a mesma que nossos
cântaros de barro assim fabricaram…
- Mesmo pão e
fermento, mesma farinha e alimento…
Mesma terra e estar atentos – a que não venha o Lobo em
pleno inverno – de gente e da gando famento… sendo filhos do Barlovento – estar
em Maruxia é trabalho de faina em época fria… em época estival… em época de
forma e maneira sazonal…
Assim – convidar – os que reluzem – a se tapar – por honra e
brio ao bem estar nacional… e assim fazer – devagar – em forma de círculos e de
cabriolas assim demonstrar:
Uma lâmpada escura – uma veste escura também – como o
“loito” que se avizinha se vizinhos não formos a bem…
E pegar em ferramentas de outrora – uns com algo assim a uma
grafonola – dar som á ocasião e fazer do espectáculo para uns poucos
espectáculo por milhão…
Os outros com uma pequena gaita e um acordeão – piano de
povo que é grande assim em toda a parte – se cante e se encante um sentir e ser
de nação… enraizar saber e viver e tradição nas festas novas – entre as novas
festas que nos estão a propor…
E assim – entre campos – gerar – um campeonato cíclico – ao
vivo –entre tanta e tanta gente que é nisto “perito” com arte de devoção
original – a fazer “side show” por igual – de cara tapada, de veste negra e
algo iluminada por luz negra a revelar – caracter sem ser de espada, o fogo da
roda que não se paga, a mão vazia cheia de tudo… o que combate e o do judo…
todos assim por igual – musica e silencio na luz… e o que reluz em alvor e
valor – seja o algo maior que terra ganhe por todos e por igual… no final ficam
com os louros o do regional e os outros que tudo temos partimos em levar a mal…
Contribuir por algo melhor – na abertura – abrir olhos do
espectador – com algo original e espectacular – depois deixar a gente nova e
velha – criança por igual – festejar e se entrelaçar no canto da terra e da faina e da estiva por
igual…
No meio do turno – dar algo mais do que o de diurno – ser de
novo aluno – aluna- desse algo ancestral –q eu ensina motiva a se entregar por uma causa maior e um
melhor valor de todos e por igual… sem medalhas nem “podiums”… nem renome a s
elevar – simplesmente estar – dar de si o melhor e depois partindo fazendo a
diferença – que de novo o “ringue” da vida aqueça…
para que a vida e a gente devida assim não se esqueça nem se
empobreça - que a riqueza das nossas vidas está na grande pobreza de abrir a
porta sem medo… e sentar na mesa quem é amigo… sentido… quem era irmão
prometido… quem seja… de volta bem recebido…
voltar aos que cantam, voltar aos que nos encantam, com a
tradição que aqui se pretende evocar e com causa de comum associação – de
serviço a um bem maior – do que simplesmente estar por estar…
São mil anos uma história… de viver a partilhar… voltarei
amor – na força desta maré… que ainda
nos pretende separar… assim sendo legião… de coragem de leão.. seremos uma
forte e humilde nação… algo simples que se exprime – no cantar de quem sabe, no
saber que mais não cabe em qualquer currículo a se mostrar – e que exprime e
traduz – na verdadeira cor da selecção que reluz – nas cores vivas de qualquer
lugar – que tenha assim espaço e tempo e qualidade para seguir a existir e
assim nos ensinar… mais do que “molidos” consensos – estejamos atentas,
atentos.. e firmes assentos a nobres pobres ensinem….
As gentes magicas rimem – que de certo irão recordar… a voz
irmã que – por dentro – em coração liberto – assim nessa gal@ nos está a falar…
No final – regressar outra vez.. e outra vez voltar… a esse
ringue que não se mostra e sem se mostrar – voar…
Seja na forma e na arte.. seja no que por dentro se
comparte… esse algo que nos motiva a avançar – a ir e treinar… e depois
regressar – qual soldado desconhecido – qual peregrino sem abrigo – para ao
caminho devido assim voltar – nesse dia a dia que se estende – noite dia a te encantar… Rosa em peito escrita.. em
mesma linguagem dita – Rosas diferentes do mesmo quintal… uma canta de forma a
que o sol se erga… outra diz que o Sol se vai levantar… uma diz que a coisa
está perdida – a outra diz que ainda vai melhorar…
Rosa ou folha ao vento – alento e desalento… mesma terra a
se reforçar ou – nos trunfos ainda por mostrar – assim de forma simples a se
manifestar… e entre os tais – os humildes –os da ”terra” a crescer e vingar –
nem com vinganças frias, nem com lutas vazias – com criatividades de gentes
vivas, assim em suas vidas a poderem gerar – esperanças luzidias – em pequenos
encontros a se reencontrar…
Poderia ser uma Cidade – que tem nome de Val, poderia ser
Tudo ou nada assim a se iniciar… poderia ser Cervaria – uma outra imagem de rei
– algo que antes se descrevia – quando terra era preenchida – pelo oiro e pelo
verde assim vestida – em flor se traduzia – e em alimento e fermento a vida se
comprazia…
Poderia ser entre a terras das grandes aguas de céu caídas e
dos filhos do vento assim de novo trazidas
como as trazidas águas da tradição… ou em terras salvas… em terras
alvas.. assim partilhadas – em trimestres de vidas marcadas… entre quem ainda
lembre… que Goi – implica Vigor… e que Govios eram terras de nomes de louvor… e
assim seriam seis terrenos empatados… por eventos irmanados.. cantando em
diferentes fados.. as mesmas tradições por seres vivos e irmanados…
O resto é o de todos os dias – associações publicas mais não
vazias – Federações que dêem algo aos milhões.. desde os quase 3 de um lado aos
quase dez de outro - e aos tantos às
tantas - tantos por todo o mundo um
pouco – que também sabem ouvem e cabem – no coração de quem lembre – quanto custa
deixar a atrás o que por dentro se sente…
merecem as tais medalhas “d’oiro” – dos rios correndo – qual
regatos pequenos, qual fontes vivas das que – nós aqui - ainda todos bebemos… e cuja riqueza e vida e
cultura a amar e saber amar – ainda mal conhecemos…
Pequenas propostas para quem todos sabemos – federações de
Nações – a todos nós que a essa pertencemos – assim servem e assim todos bem
sabemos;
Assim os estados – todos nós saberemos bem recebê-los,
saberemos bem ama-los- saberemos bem ensina-los e saberemos bem comportar-nos
com aquilo que todos tanto requeremos…
Assim pequenos momentos, encontros grandes entre os antigos
outeiros, encontros pequenos em muralhas de saias… de saiotes que amemos… entre
as cortinas estendidas das janelas de novo vivas com as luzes dos lares pelos
que tanto.. tanto tememos…
Teme é reconhecer – é conhecer – o mundo inteiro que levamos
dentro reflectido em vida e nesse breve momento… depois a prática e a devoção e
a vida do dia a dia e a dedicação… ao que se ama, a quem se deve amar… à terra
inteira em volta – tão verde e bem-fazeja – que de nos se encarrega de bem
cuidar…
Faltam os Homens na Galiza – gritava em voz de Camões que
lia Rosalia – e afazia voz de todos nós…
Faziam trovas de vento que passa e Portugal Europas contidas dizia – que as chamas ainda
erguidas, vidas acendidas – dizia assim “sim” – à vida, às raízes contidas, a tantas
letras de fados assim escritas, por vozes de mar lidas e de novo reescritas –
vozes do Sr. Portugal – que dizia ao barro terroso – ao ser que se mostrava
amoroso – “a tua vida não!”….
Se por ti mesmo livre, dessa indigna “servidume”, desse algo
de peso que se chama “alcume” da dependência de outra constituição
– que não a que
traduza a eloquência, a profunda beleza e decência do teu ser nobre, de se
parecer ser pobre sendo ainda nação… de se sentir a voz do vento marinheiro, a
voz do outeiro e do rio correndo, a voz do carvalho e do sobreiro, e da
azinheira e da pequena, pequena que quieira – ainda aprender a cantar – que ainda
haja quem ensine essa música que antes se fazia soar…
Brade a Europa à Terra inteira que esta alma verdadeira
ainda de si não se deu… que o que se encontra oculto, que o que em nós é de
vulto – nem se mostra nem se rendeu... vive nas raízes entrançadas, vive
debaixo das estradas calçadas com a pedra que nos fez… vive além das linhas
marcadas, das quotas traçadas para aquilo que ninguém concedeu…
Viva na vida que disse sim a si mesma, que disse sim à
cultura de cada local, de cada lugar e região… vive nas gentes que lembram essa
tal triste doce canção…
Chamada de fado – de destino selado – ainda mal revelado –
por ainda não ter sido mostrado – o final de um som entrelaçado… ecoado por
todo o lado – neste mundo estranho que ajudamos a fazer nascer… em semente
ainda criado… em gérmen ainda guardado.. esperando a sua verdadeira fruição…
esperando a sua verdade reunião…
Sem comentários:
Enviar um comentário