segunda-feira, 25 de maio de 2015

Amar e entrelaçar - vidas complexas .- simples palavras a se doar (de vida o alento)



primeiro a aparência da criança - que cria - e acreditava - em quem a guiava - assim poderes imensos - ameaçando - corações viventes "se entregando"

( a cor vermelha - "mestria" - e -  "casamento" - na china o fundamento)














O mestre
agora silente suave brisa em deserto ardente
assim flamejante espada sagrada
assim viva e reluzente
em forma devida e coração de gente
lição entre areias descrita
milhares de luzes
palpitantes
corações 
das
gentes

as 
que 
encontrares
que em vida se agitam
ASSIM 
REESCRIT@

"todos baixo o céu"
(QINA)

esse que é céu de amar
que 
é 
"meu"
que 
é
"teu"






"terra" não desmente
que
(sempre)
ampara a viva gente

que a luz é para todos igual 
que o sol assim não se esconde 
nem se envergonha 
em tua 
em minha 
fronte


que 
a chuva 
de vida
em nós recai

que sombra
sendo ferida

assim por nós
é 
igual

reconhecida 
força
amiga

sol e luar

em 
"clipse"
qual 
suavidade latente

qual 
ventre
universal

de 
toda a viva gente
(sendo qual mãe qual pai universal)
assim sendo sustida
a 
sombra mais antiga

duplo 
ser de vida

de 
vida 
a ser 
a se coroar




UM 
CORAÇÃO REFORJADO 
da 
separação 
foi nascido

da pai e mãe e terra e pátria 
o ser 
sendo 
tendo 
assim por dentro
vivido



"shattered"
"TRADING YESTERDAY"


(partido)



quando
perca
rumo

quando o espelho 
que sou 
se estilhaça

quando uma lágrima 
parecendo perdida

se reacenda na 
tua lúgubre 
vidraça

assim candeia de novo acesa
candeia de luz consagrada

candeia de novo
sendo ilesa
e
vidraça pura de novo sendo selada

até que o espelho vibre de novo
o coração mais puro estremeça
(...)
algo novo aconteça



uma lágrima cai na areia e uma rosa pura se acende



uma 
forma do barro
da 
treva

assim 
humana força 
viva

vida nova 
assim 
reacende




Luar de Esperança em ser de vida HUMANA 
melodia

assim 
feita de novo 
criança

assim vista 
entre o mais puro deserto

assim adomecida
em 
vivo reflexo

a 
lágrima
continua
viva
e
está
'inda
bem
"contida"





a espada 
jazenete
assim em terra
estendida
lagoa viva e brilhante
em deserto
perspectiva
miragem viva renovada
assim vida sendo em vida entrelaçada
um sonho
uma espr'ança

ser de novo
qual ser criança

se 
entregar abraçar e cuidar

por entre as linhas
de areias mais finas

perseverando

se amparar e respeitar
de vida e amor de vida
assim 
tanto
tanto

(as palavras tempo e fôlego - em si nada valem - 
são todo o tempo 
- todo -
esse

que é de mim para ti 

- se esvaem -

se assim esquecer - se não chegarem em ti a sorrir

sendo apenas palavras ao vento 
sem razão 
sem vida 
sem 
(teu)
vivo fundamento


- VER O QUE ACONTECE - 
AO MESTRE DE AMAR -  
MAIOR
QUANDO SE ENTREGA 
UMA E OUTRA VEZ 

SE ESQUECE

- DO SEU MEDO E DUVIDA -
ANTERIOR





até que um dia seja sentida 
esta prosa viva
prosa de novo em ti


revivida por uma via
caminho de vida a seguir



 - sem ter mais maneira
entrada saída sequer
de se escrever 
a bem
quando bem se quer

 de 
saber fugir
de saber aprender a fazer-te sorrir
quando séria ainda meditas 
nas antigas 
ditas desditas 
quando séria

ainda altiva tu és 
cipreste 
livre

candente o som de a palavra 
viva a teus pés

assim lágrimas se entregando
vidas assim se entrelaçando

qual a dama mais pura e fria se ergue
qual a tua imagem em espelho

"soergue"
aquele candor 
aquele sorriso
que aparece 
por vezes e se encontra 
senhora em vida e verdade
'INDA SUMIÇO

(eclipse de luz e verdade
um novo lume reacenda
quando regresse a claridade
assim a vida nova compreenda
o clamor de vida que há em ti
e o subtil da aragem viva que inda habita em mim)



assim vida estrada e caminho percorrido vivo e por sempre
indo mais além ou aquém estando juntos 
- assim - 
VIVO E VITAL

PRESENTE

(as palavras não têm sentido 
- sem coração que as erga
o coração perde o brio
sem 
palavra de vida que o enalteça)




                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   












Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Todas as cartas de amor são 
Ridículas. 
Não seriam cartas de amor se não fossem 
Ridículas. 

Também escrevi em meu tempo cartas de amor, 
Como as outras, 
Ridículas. 

As cartas de amor, se há amor, 
Têm de ser 
Ridículas. 

Mas, afinal, 
Só as criaturas que nunca escreveram 
Cartas de amor 
É que são 
Ridículas. 

Quem me dera no tempo em que escrevia 
Sem dar por isso 
Cartas de amor 
Ridículas. 

A verdade é que hoje 
As minhas memórias 
Dessas cartas de amor 
É que são 
Ridículas. 

(Todas as palavras esdrúxulas, 
Como os sentimentos esdrúxulos, 
São naturalmente 
Ridículas.) 

Álvaro de Campos, in "Poemas" 
Heterónimo de Fernando Pessoa 

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