Éramos animais selvagens... dançando suas vidas numa selva artificial...
Éramos almas livres... dançando seus destinos numa sala intemporal...
Dança de fogo, chama pura... provocação no olhar...
Tigre, terra, rocha dura... garra do destino envolvendo devagar...
Torso esgueirando-se, prazer a ondular...
Cobra... água torneando... palma aberta roçando sem magoar...
Entrelaçando vida... peito em peito a vibrar
Garça se elevando, asas abertas para abraçar...
O fogo da dualidade feita ying ou yang...
Confundem-se nos tempos, ou nos momentos... pois no centro da chama tudo é início e seu terminar...
O dragão se ergue da fusão dos opostos e do seu complementar...
Quem ama na chama vê tudo... tudo sente... centro perene sem mudar o seu lugar...
Uma dança... masculino ou feminino... impessoais por se transformar...
Em seres de luz vida.... vibrante... chamas ondulando entre chamas a vingar...
No fogo... na vida... há o segredo de encontrar
O eco distante do coração verdadeiro
Leão que ruge sem domesticar...
faço silêncio no J. Coltrane que oiço para te escrever...as tuas palavras-acção-mundos, tocam mais alto neste instante, uma música além do som. se há felicidade na existência habita-se por estes momentos. onde a suspensão se descobre no espanto, a alegria na ternura deste fogo marcial.
ResponderEliminaros abraços que te pudesse dar agora seriam apenas celebração do sagrado e eterno.
Fenix.(sabes quem sou, disseste-me para te ler, depois de sentir os animais!!)
Absolutamente LINDO! Compartilhei. Abs
ResponderEliminarLiana Utinguassu