segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O amor que transcende.. as portas da vida que se acendem


Procurar a pomba da inocência – quando – em facto e opção se perdeu o caminho sem perder o coração – “ver que muito amor te pode matar” – e sentir que um amigo é quem – depois – to está a contar – muito amor – afinal te eleva – ainda que não o veja quem assim o tema ou escreva…


Como dares resposta?

A um apelo que vem de dentro – um soneto e um instrumento – como uma harpa sagrada ase tocar – para uma melodia inaudível tomar forme lugar?

Como fazer para corrigir os erros que trespassas ao ler – a pauta .- a sinfonia e soneto quando ainda o não aprendeste a ler?


Quem passará por a ti porta sagrada – quando perdeste a rota, o livreto, a pauta marcada?







Mesmo que o mundo – “nos leve para longe de nós” – há sempre algo – que sopra desde o Mar – algo que nos eleva e lembra e nos faz de novo acreditar – como esse tal “Rei” sem coroa, sem lei que se imponha – que esteja na barca – que quando se atravessa a escura cortina – que abarca o mundo que cessa – nos abrace, nos ampare – nos lembre os feitos de bravura ou coragem – ou simples mente nos ame… eis a passagem – para o outro lado do véu – de um que caindo –a virtude no fim não esqueceu…


Será o amigo, amiga – de verdade levada – que te cante e encante numa outra prosa demonstre a tua vida e a tua sina – assim de outra forma viva – por entre linhas reescrita – mais não perdida…
Quem defenderá o estandarte – se o pisaste ou deixaste de parte?


Quem te reerguerá e trará – desde o frio do gelo de te deixares – de deixares de crer e perseverar?





Mesmo quando tudo pareça perdido – desfazendo-se num gesto… algo ou alguém te guarda e te evoca – e te mantém vivo, viva – além do que o Mundo em ti assim coloca – fama, riqueza, estatuto ou poder – amor maior para além do próprio Ser – e regressando, num cântico te evocando – cantado, entoado – entre as linhas da vida entrelaçado – serás de novo içado – erguido – renascido – retemperado – como uma espada quebrada de aço esquecido, como um barco perdido – de entre o nevoeiro regressado, como um ser de novo nascido – em novo parto assistido – pela Vida mesma a  te amparar…

Qual o rei o rainha- que em teu peito aninha – e noutro rosto se possa assim mostrar – e te levando no colo – assim trespassando o frio e o gelo do ódio, da ignorância do desprezo e na grande sala do apreço eterno te entregar…

Sem maior preço a pagar do que o amor que te tem ou a ti ou a quem assim se soube doar?






Algo ou alguém te vai sustentar – algo ou alguém tua vida cantar – evocando, em silencio – dançando – como panos brancos se agitando, como um abarca que avança em direcção ao poente e se reacende como pira vivente… algo que é tão presente – desde o tempo ausente até ao mais longe do ser – desde as gentes que agitavam seus ramos… como braços latentes quando se despedem os anos… desde as gentes que incendiavam – estrelas de luz e no mar as evocavam, desde os que assim cantavam – em glória – a triste e viva memória – dos que partiam e seguiam – para além da sua própria história… quem cantará hoje tua melodia, quem te fará além da chama fria, quem abrirá aporta esguia - quando mais não saibas de ti – e diga bem alto o nome que assim eu também esqueci?... esse Ser estará a teu lado, outros em de redor sendo e manifestando – hoje alguns – amanhã quem sabe – quem te trará de volta da Eterna Saudade?...

Quem te alumbrará – quem renovará tua alma e em força te ajudará-?...


E assim serás vivo – em ti – em mim – e em quem siga o que lhe digo – que o amor salva – que a coragem nos eleva a alma e a preenche dos sonhos que se lhe fugiam pela brecha assim aberta – num flanco a descoberta .- quando a lançada incerta – nos perfurou – seja por traição ou outra devoção que não o amor que nos gerou…



Quem cantará com tua voz.. como se fosse voz de todos nós? 

Quando não estejas quem te protegerá – quem fará as elegias daquilo que és e ainda serás?... quem cantara tua vida como mais ninguém saberá cantar – quem pegará nas finas letras entrelaçadas que nunca viste no teu suave e lento passar? Quem virá detrás para te apoiar – quando tantos outros nem te viram nem te conseguiram achar… quem erguera além barreiras – as metas que te eram assim tão prezadas e primeiras – mesmo quando as deixaste através de ti passar… e quem evocará esse momento – no que dizes – da saudade desse tal – nosso lugar – entrelaçado na melodia de vida que te foi dada a viver e amar?...

Entre tantos recantos onde se perder ou encontrar – quem te vai – por dentro – de novo tocar… e mesmo – em pensamento e sentimento – de novo assim trazer de volta… e devagar – sem querer – chorar ou ver – existindo sendo dois rindo – numa mesma melodia de novo se entrelaçar…?...

Amizade para além do que  se possa falar – cântico silente além do que se possa contar – uma vida – a de muita gente – tanta gente para cantar e lembrar…


Aqui fica o apelo, 
poema frio e belo
de tua re(…) ao vê-lo



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