quinta-feira, 10 de julho de 2014

mantos Brancos - PT I


Artes

 

Quando vemos tantos e tantos filmes –a cerca das artes… do que é bem feito – “Kung-Fu” – daquilo que era o Bushido de “mão vazia” – Karaté… o caminho “Do” – da perna e do punho, o caminho… do Coração – da periferia para o centro que não se via…

 

Vemos nomes, culturas – pessoas… caminhantes… um método simples –que se vai tornando complexo – como um lego:

– desde as peças mais simples – reconhecer o próprio corpo e sentido de movimento intrínseco (Biomecânica) leva ao sentir(se) – à consciência que irradia (céfalo-caudal – desde a mente – cabeça em movimentos precisos como o das pálpebras ou das pupilas, da língua) – para os das mãos e as tarefas e habilidades e profissões pares que – maturando o ser humano incipiente – com elas podemos desenvolver (Kung-fu – de forma – bem feita – amar e querer)…

Este é o elemento a que chamo de “expansão de consciência – de si… do outro… do meio…

Desde si, para o “outro”… para o “meio”… e dai seguindo… vendo desde pontos cada vez mais “altos” o ponto de vista da vida que nos foi dada em cuidado… a Vida que somos e que vai por onde vamos…

 

Ferramentas várias:  que nos levam a concretizar actos meritórios, pelo reconhecimento prévio do nosso próprio potencial crescente…

 

Desde a consciência de movimento de motricidade fina – como a preensão digito – palmar – agarrar primeiro, de mão bolachuda – quando somos “meia leca e o mundo não muda” – até fazer filigranas com ouros, pratas e diamantes – que – para os da “arte” - são os seres humanos que nos foi dado acompanhar… tomando parte nesse seu processo de “desabrochar”:

 da flor interior – do “lótus” -  que nasce entre de entre o lodo e que – bela se ergue e flutua entre as águas onde não haveria – à partida – para uma bela flor o substrato… dito comum, dito compacto…

 

Cada ser humano – na arte – uma semente da que se desconhece o segredo derradeiro, a luz por inteiro – a Vida em magia em movimento e perspectiva, em opção clara e definida a se manifestar… certo dia.. certa noite – seja assim de Sol – forte, de Suave e subtil luar…

 

Dia a dia, movimento a movimento – refinar… como um qualquer artista – que vai retirando arestas, pequenas pregas… que vai levando pouco a pouco – amando, devocionando ao seu fazer – como uma árvore pequena que se conduz sem se saber bem como fazer…

 

E sabendo, revelando e vendo – ficando assim cientes do que por dentro ia que por fora assim transparecia - revelar – o que a madeira, a pedra o barro escondia – o que a tela em branco tinha para lhe, para nos mostrar…

Movimentos mais amplos, mais gráceis, melhor posicionar – adaptar-se na vida, fincar raízes quando a tempestade dos dias – da via, nos pretenda afastar…

Solidez – no elemento – da rocha o sustento… pureza no cristal, no metal interior e nobre, metal original…

Crescimento no verde, na Floresta que me sustente, e alimente expanda entre tanto ser sapiente que se expressa em infinita calma…

Esse verde que encontro para onde quer que vá – nestas terras que nos foi dado – em cuidado - nas que somos convidadas, convidados – ao arribar…

Reaprender, evocar… estar atentos, atentas e voltar… a ver por dentro Ser… sentir e Saber –forma de fazer jardim onde não se podia antes “ver”…

Um encontrar, um princípio de caminho a celebrar – por ser próximo, tão íntimo como só tu podes desbravar – teu pequeno lugar fechado, teu recinto sagrado, teu tesouro prezado – lentamente a se deixar notar…

Com ajuda… de quem, hoje,  por quem – em ti creia e te veja:

 como essa semente – verdade meia…

 – meia esperando – meia se manifestando

 e o quanto ainda tens para de ti doar…. E assim aprender – de novo – em nós mesmos – nesse ser Humano antigo e vero – além de qualquer duvida ou medo fero – a CONFIAR…

 E assim descobrir, e permitir ao teu pequeno ser – o reencontrar – esse outro, o teu “grande Ser”, o que mais não vai duvidar, nem temer, nem deixar levar…

Por caminhos que não  “o caminho” que me foi dado contigo assim a partilhar – a ti que “ouves” e que, por dentro, te foi dado a trilhar:

 entre “amigos”, companheiros”, “irmãos e irmãs”, que numa prática regular contigo possam assim deambular – entre este e aquele lugar - perto sempre longe se da via te fores afastar…

 

Costas com costas – sem mais duvidar – confiança plena de novo a evocar - assim sendo e plantando, novas sementes brotando… desse saber antigo, desse algo mais profundo – mais além daquilo que digo – algo que apenas posso evocar…

Numa pincelada fina, para que quem assuma e mais não sinta que lhe foi dada a sina – descubra por dentro o que realmente o/ anima…possa descobrir e aprender a sentir e apreciar… o dom de caminhar a Vida…

Determinação na opção – por se sentir – passo a passo… que o que – aparente mente – tinha valor material escasso, tem um valor que ilumina a noite a transforma o dia por onde passo…

Essa força, esse “algo” – o que e nasce a que brota – escasso, silente, ausente – sempre Presente – como lume baço…

Como o que respiro e assim me alimenta  - seja escuro ou frio – me sustenta… e nem me precato…

Como o latir fugidio, do coração amigo - o que não comando…  permanecendo fiel e firme no seu próprio canto… o que posso aprender a “ver” e “ouvir” se manifestando…

À medida que o “mundo ruir” e se abrir, a cortina que o estava ocultando…

Esse algo no seu próprio compasso…  no seu único passo… a passo… por onde passo…

Cada qual se afinando, cada qual despertando, cada qual evocando o seu antergo e original tempo e origem e a seu devido tempo a vertigem de voltar a voar sem sobressalto…

Seu novo e segundo salto… esse dado desde a luz à treva e assim desde a treva do desconhecimento se elevando…

 

 cada um… um próprio caminho partilhado, um vizinho cujos ecos de passos se sentem lado a lado, num momento do tempo – destino – assim de novo traçado, assim de novo vivo quando se pretendida olvidado…

Costas com costas – por se mostrar o mesmo valor a valer… já mais não por se estar separado da vida e da luz em nós a nascer…

Caminho antigo, caminho guardado, caminho contigo desde este – para o outro lado… assim partilhado, por dentro escondido, por fora  (ainda)velado…

 Diluído, nem expresso nem definido – “algo”…

Em derredor nos fala – em primor nos reclama… esse eco de Amor Maior que por dentro clama… e espera… e não nos engana…

Vida que clama – por amor, sem se impor -  o ser liberto , entre a rocha sagrada que trazemos dentro, onde se encontrava encerrada a viva chama… Vero Louvor em espelho da Alma…

 

De novo liberta, de novo livre, de novo calma… mais além do medo, da dúvida além de toda esp´rança, portando em si o cristal vivente, da chama eternamente presente – que de entre as trevas a levanta…

Caminho de Vida… enfim.. assim… para quem quiser ousar, para quem assim puder e quiser… em verdade e louvor – mergulhar…

E assim poder partilhar, onde se  esteja, e por onde passar assim se festeja… sem se notar.. simplesmente reflectir o que por dentro ainda está por surgir – e seguir…

Toda uma vida.. de caminho que anima, outras almas… de cristais velados… de vincos marcados, de espelhos riscados a voltarem de novo a brilhar,  a iluminar a refletir o mundo vero que estava concebido desde o plano original sustido e que nós – os vivos – estamos aqui para evocar…

Para aqueles que ainda lembrem… o seu próprio despertar e ouçam em si a viva voz a se manifestar – entre toda e qualquer voz que corre para velar… essa.. .a “tua”… aquela que por dentro se pode ainda ouvir e mostrar

– nesse passo lento, nesse lugar sem tempo, nesse momento no que nada ou ninguém te pode perturbar… o teu “templo”… o teu “momento”

– esse no que és “instrumento” da melodia primordial sempre a ecoar… e sendo és nota no vento és gota no temporal… és a própria música e a própria água onde a quiseres encontrar…

There's the light
there's the sun´
bringing back
shattered ones
to the place
we belong
and we'lll not
be silenced
 

Ouvires a voz do vento, sentires em ti a o furor do tempo… entre as vagas do mar: a parar…

deixares-te, abandonares-te… como adormecendo sem medo de não despertares a tempo… para seres instrumento… e sentires – como num sonho real a própria rocha a te preencher dessa força antiga acrescer…

e ousar… tocar a chama que por dentro se mostra sem por fora se mostrar…

se refaçam os estilhaços e se ergam de novo os pequenos braços, dos que outrora se deixaram ludibriar – por tantos caminhos e tantas opções induzidas, para a criança aqui recebida ter de tomar…

Tantos caminhos, tantas vidas – que se podem ainda acordar, tantos os que estão prestes – de si – em si – a ajudar…

esses que chegam e se mostram – como flores vivas entre o jardim floridas – essas luzes vivas – serenas e amigas – que nos vêm abraçar…

… e que entre nós pairam… caminham – sem vestes ou roupas finas – apenas os digas… estarão lá…

Assim se congreguem se ajudem e medrem esses que estão chegando já… passando por perto daqueles que – se precatando – os começam a ajudar…

…preparando caminhos e lugares e ninhos para que possam arribar e estar – e concentrar luzes e vida – força transcendental…

Pra os outros - irmanados – os tais desesperados –os que  se atiraram a mundos escuros, a tempos sem fundo – a outros recantos e encantos… e mesmo assim recordam o canto da luz pura a os chamar…

E em noites e dias – tem imagens fugidias – de onde deveriam, poderiam – ter chegado a chegar…

Não estando esquecidos – desse fogo vivo, amigo - que por dentro os continua a incendiar…

Assim sabendo e sendo reconhecidos – poderão encontrar retorno e abrigo – até a onde o caminho os puder levar…

 – a serem de novo vistos, a estarem de novo claros… a transparecer no dia o que tinham em si lacrado, Alba luz que clama que por dentro – de novo – com o tempo – os reclama…

São as sementes silentes – enterradas bem fundo para o Amor Presente… para germinar em tempo e lugar – entre os restolhos que o tempo de encarregou de dispersar…

E surge a alvorada – essa nova pura e sagrada – essa tão esperada – de olhar – para Leste num certo dia – num certo lugar… e a chama – escura e fria – venha de novo:

 – com força amiga – nos aquecer e elevar…

….essa que trespassa noite e dia e nos une numa nova melodia… Harmonia – de entre mãos amigas se entrelaçar… como esferas que se fazem pequenas luzes entre olhares e formas veras

– apara assim poderem de novo – entre nós – por nós – estar -

 força amiga – antiga – como o próprio Ser que nos anima: começar, desde já - a aprender e ajudar a ser a quem queira assim – também – aprender a se erguer e despertar…

 

Assim de novo voltar a entrelaçar, voltar a erguer: a esperança de luz, a que nas mãos puderes portar…  como água viva – transparente e cristalina – que as chagas da vida possa de novo curar…

…assim de novo espargir, sementes de vida, crença ainda mais antiga, do que o medo que nos pretende separar…

E assim veres essa luz viva,  em teu redor – desde sempre -  a te amparar… entre os véus e as aparências que essa mesma luz pareciam poder ocultar…

E – se assim puderes - entre outros seres, partilhar… assim ergueres templos vivos – da luz amigos – a se entrelaçar…

Cantos de vida que nenhum ruído poderá abafar… entre as vidas dos  VIVOS que em coro se unem num canto original…

Libertando… cadeias e  grilhões que nos pareciam reter… e suspirar e respirar e aspirar de novo o Verdadeiro Ser …

A origem e a verdade em ti a tens – também… sem a possuir ou reter ou utilizar ou vender ou comprar.. simplesmente por o Ser…

E se em verdade quiseres ajudar a renascer… outros que vêm, alguns que passam e os que já abraçam a força viva que os gerou….

 A força que os animou… a força que os libertou… e que – presente – neste momento – aparentemente ausente – se mostra – suavemente – apara assim se poder optar

– entre ir ou ficar– deste – apara aquele “o tal” lugar… que se mostra no Coração, quando assim – em devoção, se souber em Devoção Tocar…

e as vestes brancas, os hábitos brancos -  hão assim se mostrar -enquanto  por hora caminham… enquanto pairam e “aninham” – entre este e aquele lugar – original…

Aquele que poderás encontrar e ajudar a salvaguardar para que possam – cada vez mais – se juntar – se souberes tu também seres – parte da dança e do canto que se vai em breve elevar…
 
 
 

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