quinta-feira, 3 de julho de 2014

Um caminho pela imaginação - um filme - um espelho - luz e cor uma só pulsão...






O Cinto de Ouro…

Havia lugares escondidos – pelos povos invadidos… era o Ouro dos loucos… que todos temos um pouco e que não sara, nem virtua, nem pára a onda de gente nua – na rua – que dia a dia se cruza e se mostra – cada vez mais longe da sua própria costa… essa onde o barco irá varar… essa aonde podem – um dia ou noite chegar…. Na companhia – suave ou fria – de quem escolheram para assim vogar…

Era o outro dos cintos… dos que se sentem por dentro – não minto – desses que é impossível depois se deixar, se largar – se esquecer ou simplesmente deixar esmorecer enquanto houver força e coragem para continuar…

É um caminho – uma escada de tempo antigo – entre este tempo em espiral – um espelho – vivo, amigo- de um e outro lado deste nosso "vale”…

De uma lado o dourado de um Sol que se esvai – de um outro – o prateado de uma noite de lua que nunca descai… e juntos – uns de esquerda mão escolhida, outros de direita mão ferida… seguem neste precioso valse… nesta forma de escrita, de dança interdita – ate que se volte – de novo a manifestar…

O cinto de ouro – procurado – que não pode ser retido, retirado ou roubado – nem ganho ou perdido – por ser espelho fiel e amigo – do que pode dentro animo tudo aquilo que digo…

Esse que se mostra quando deixas atrás os medos, os receios, os novelos de um mundo velho – por um caminho novo – ao mesmo tempo antergo – no que tudo o que era vero se manifeste no seu tempo e a tempo inteiro…

O cinto de outro tem fasquias… como pequenas escadas de degraus para pisadas esguias… nem parece feito de grandes triunfos… por ser de cristal e de transparência tal que nem se vê – nem fica bem… nem fica mal…

Esse caminho dourado – trilhado por amigos – outrora escravos –que queriam ser livres – lado a lado…

Como uma história contada noutro lado – de um leão sem coragem, de um espantalho que apenas tinha na mente aragem, de um ser de lata que não combata por coragem de coração, por um cão que não largava a dona e por uma dona que não tinha lugar – para ir ou voltar –a não ser mostrar – que o caminho era caminhando e que todos juntos podemos fazer assim outro tanto…

O cinto dourado- é o que prende as calças quando as calças se deixam de lado…

É eu demonstra a nossa verdadeira nudez – essa que vem de dentro e que algo maior fez…

Esse cinto – sente o riso do vento, o furor do tempo transformado em vaga de mar… em fundamento e pilar de vida a preservar e de caminho a assim partilhar…

Esse algo que por dentro – como fogo lento – nos cozinha e anima- devagar – que se mostra em lufada de brisa feita aragem irada e depois se esvai… como a própria natureza de onde vem a inspiração que nos reza como se chega e como não…

Seja esta uma forma estranha de se mostrar o espelho maior ao ser humano jovem criança – procurando com todo o seu saber – desvirtuar ou esquecer – o berço que lhe deu o ser…

Seja ainda uma forma de evocar – que o espírito, o sopro, a motivação que nos impele a seguir e avançar –vem de aquém deste meso lugar – é uma chama que anima –q eu vai além do que todo o mundo diga e ainda assim nunca se deixa mostrar…

Às vezes é sintonia
Como o mar em acalmia
Às vezes é vaga que se ergue – escura e fria – e se abate sobre a costa sem a aleijar… diferentes cadências – mesmo cantar…
Mesma latência de uma única voz – em nós a ecoar…



No momento que a imagem e espelho se conseguirem abraçar –e mais não houver distancia nem crime nem velho nem criança a encontrar…
No momento no que se reconheça a sol, o céu a se esvair… de vagar… como uma pintura que alguém deixo ali – a secar – feita nova forma de alvura pelo calor vivo de quem assim se entregar…

No momento em que sejamos mais do que um – que saibamos e sintamos – que só – não está nenhum…

Quando as resistências – suaves cadências – que levantamos todos os dias – grilhos frios enquanto seres escravos – se dispersarem, se diluírem e fundirem nos fogos vivos das novas idades…
E relâmpagos de vida trespassarem os algozes que nos mantinham e mentiam acerca dos sentidos e verdades dos nosso próprios caminhares….

Quando vejas e sintas – talvez pela primeira vez –a tua própria forma, a essência que algo, qalgures assim quês…

Quando vires como te mostras – mais além da angustia de não ser, da revolta de te mostrar quando ninguém te parece ver… além da mansarda que marca a pauta do teu viver… de seres igual sem querer.. então manifesta-se essa luz branca, essa luz pura – que cada qual veste e assim mostra em forma própria de alvura…


E cada cadência – uma nota – nova – segura – uma nova essência – na melodia antiga que em nos assegura… que existe um sentido além do que é dito… que existe caminho além do desbravado, que existe sentido e vida – apara quem vê – reflectido e gravado em todo o lado…



Que despertar para este limiar – ver – sentir – e olhar e crer – se saber – como chegar a ser… como chegar ali – a esse lugar do verdadeiro querer – referido desde sempre sem ninguém para to dizer…
Olhando envolta – reconhecendo – tanta gente assim – à solta – indo pelos seus próprios passos descobrindo a natureza deste nosso lugar – espelho de vida plena – prestes assim a se manifestar…

E as melodias – que são sintonias – de gentes a se encontrar – em qualquer momento, em qualquer lugar – além do que a norma ou o tempo possam assim pautar – farão riachos serenos, entre florestas – além dos venenos – dos pântanos que nos pretendem travar…


E nesse lugares amenos – entre o riso sereno – das água  discorrer devagar –saltando, ecoando entre as pedras antigas que te estou a lembrar – que despertam memórias vivas – no corpo
que veste e que ainda não temos forma de vivenciar – de sentir devagar – de crer e de invocar além dos atritos e dos dias ditos que nos pretendem ainda assim impor devagar…

Escolhas de tempos a chegar… o mundo das algemas douradas, o mundo das águas claras – as que tu trazes para partilhar – para seres água entre água – que fui – livre e clara – com um destino latente – presente entre quem assim souber partilhar…

Para que esses  dons que estão a despertar, para que os pequenos que são granes – que estão por ai a chegar… para que saibamos acolher e reconhecer o que nos está acontecer –além de toda a tecnologia que nos possa modular…




A semente viva – da vida em nós a se mostrar – desperta no seu devido tempo, no seu devido lugar – e o tempo – antergo- volta para nos mostrar – a história além das histórias inventadas para nos ocultar – que a vida em nós tem um sentido maior do que quem –diga pense ou sinta que é seu dizer… definir, escrever – o que ensina – o tempo, a vida, o momento, que nos rodeia e motiva para um novo fundamento- o que nos leva pelo caminho – atento de regressar ao ninho que – desde sempre – trazemos dentro…



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