sexta-feira, 16 de maio de 2014

Arte por Devoção - marcial pt IV

 
Demonstrações e locais
 
O Enquadramento da arte, da marcialidade e da arte como devocional – PT IV
 
Prosseguir numa vocação, desenvolver a mesma, desde a raiz – ajudar, servir… através do caminho – conhecer: o ser Humano a apreender…
 
As várias facetas, as várias nuances – de uma vida inteira que numa vida não cabe.
 
Seja a do ser humano quando é reconhecido – até antes de ser gerado – quando assim é acompanhado – desde o momento antes de ser nascido – ate com as pessoas que – servindo de abrigo – com este são passo acompassado… falamos de pais, de vidas… de seres humanos nas suas mais diversas perspectivas…
 
Assim, a arte – por devoção – é a arte que brota desde o coração – latente em cada ser, presente quando se manifesta – quando é necessária assim se apresenta… seja na forma e estrutura corretas, seja na forma do "Dao" da virtude e na sua realidade concreta.
 
Honra… honrar – o que se ama – e prosseguir – desenvolver, explorar, acrescentar e melhorar à medida que se cresce na arte e com quem assim nos ajuda caminhar…
 
As formas básicas – desenvolvem – carácter… e aqui algo novo se imprime entre tanto filme de arte na que se parte e mais se cura… e pouco se imparte acerca do segundo que do primeiro – o próprio tempo – assegura.
Existe o carácter suave, o sensível, o integrador, o que gera síntese por saber onde está o atrito e a dor e perseverar…
 
Existe aquele que se endurece e se faz de “ferro forjado” pela força de vontade e pelo tempo em si – assim trabalhado.
 
Existe o assemelhar-se ao ser amado – existe o oleiro que transforma uma forma que – por dentro – algo lhe tinha segredado… existe o projecto já feito – de linhas pautado – repetido e assim  multiplicado…
 
O carácter de base – É NOS DADO – descobrir o mesmo, desenvolver seu sentido… como numa pequena árvore que cresce – descobrir o que se transformará em flor em fruto… aquela pequena semente da que não se sabia o destino.
 
O barro humano – nas mãos do oleiro calejado – transformado em imagem – por dentro algo segredado – é assim uma parte deste algo que – por devoção – nos foi confiado… nos vai sendo confiado, nos é confiado em cada momento de entrega na que se crê que existe um caminho – além da regra – que dá á regra sentido e assim nos faz… confiando…
 
Caminho… caminhante… caminho percorrido – e quem assim crê, quem assim vê.. quem assim festeja.. quem assim É.
 
Existem formas e formas de ser – cada uma – na arte – terá algo de si a dizer, algo de si a prender, algo a contribuir para que a arte possa prosseguir e assim crescer…
 
Devoção  - por participar, por desenvolver – por estar – por ajudar a rimar esses versos de vida e os conjugar numa melodia que se faça rimar…
 
Os elementos antigos sopram por dentro daquilo que digo…
Alguns são suaves – como o sopro do vento sobre o mar… alguns traduzem a palavra “À MAR” alguns são como as ondas – impossíveis de conter, de suster de calcular – e no entanto – tão simples e fáceis de se mergulhar… e – lentamente – também  ser –esse ser no Ser… e o Ser em si albergar… ou descobrir… ou “despertar”.
 
Eis um certo caminho dessa arte “devocional” – que tantas vezes se confunde com punho, patada, pontapé a se dar… que tem a ver com destruir ou reconstruir devagar, que tem a ver com erguer – ou aprender a erguer depois de se tombar…
 
Arte – por ser criativa, por estar ligada – à própria Vida… algo que não mais termina – de se transformar, de se entretecer e entrelaçar – entre as vagas e as ondas do vento e o fogo que assim suspira – lento em quem se mantém, nesse caminhar…
 
Nesse barro sedento de água para não se rachar… nessa rocha firme que é seguir… e perseverar – da forma como nos é dado a ser e assim manifestar…
 
Marcial… alguns sentem que é marte a parte da Terra que assim se apresenta – e sem se ver – comentam que a espada é linha certa para crescer, aprender e viver…
Seja tempo de paz a guerra que se apaga… seja no olhar de vida do adulto ou da criança que se afaga…
 
E as guerras – interiores – são as que se refinam – dia a dia – entre esse caminho que se caminha em cada dia que se aspira – a seguir e perseverar – a suster a promessa interior que nos anima a caminhar…
 
Demonstrar este algo – implica “ir… e voltar”… implica .- tantas e tantas vezes – o tombar… o crer… e levantar”…
 

Implica – ainda assim – o não se “separar” – dessa linha de origem, desse momento primordial – no que “algo” através de alguém – se fez manifestar… nesse preciso momento reencontramos esse – o tal ”elemento” invisível.. impossível de se falar… esse algo – para quem estiver atenta.. atento… e que assim possa observar…
 
Nesse segundo distante – algo saltou desde dentro – através dessa pessoa inquietante, desse momento sem marca.. desse algo que mais não se apaga e que o nosso caminho abarca…
 

Sabemos amar – a arte, o professor que em nós deixa de si parte… o embelezar da forma…. O cantar e vibrar NA forma… e Ser a forma em si… quando o movimento e a Vida se fazem assim em nós, através de nós – convergir…
 
Arrependimento quando vemos o ser Humano – nosso outro sustento  - chorar e mais não rir… quando algum golpe se esvaiu entre o canto silente e a dança a entretecer e viver e fazer assim luzir…
 
Sabemos sempre – que somos os tais – sejamos os dois ou mais – quando algo se desfaz da dança, se entrelaça noutra forma que não a de espr’ança… e assumimos o responsável – esse canta e dança e se faz forma de arte além da espada, do sabre, do bastão… do que voa e do que não…
daquilo que se ergue – somos parte – daquilo que parte… nos despedimos e seguimos – nesta linha que nos faz – cada vez – mais amigos… companheiros… companheiros de um mesmo destino – escolhido – por dentro – compartido…
 
Assim – arte por devoção- marcial por alguma estranha razão… é criativa… se manifesta em Forma de Vida – e converge a Humana poesia… a letra da vida Consagrada e divina… como uma dança – na que se faz parte
 
– dos elementos que me nos palpitam… como um coração vivo que assim grita… e assim se mostra – além do que aparecia… além do que o mundo demonstra o que Parece ser a Vida…
 
E num segundo – relâmpago – nem golpe nem patada nem nada mais alto – do que ser e estar e ser protagonista… sem mais nada fazer do que dançar – nesta dança nunca vista – pois é por dentro que se mostra e por fora que se faz…. Arte… vida… entrelaçada… e assim demostrada – sem muitos se conseguirem sequer precatar…
 
Está na espada – está no seu esvoaçar – está na razão que te leva – na espada a pegar… está na razão que move o teu movimento no ar – tu e a espada – um só – que quererá assim a tua vida cortar?...
as sombras que a tua luz pode entrelaçar – e levar ao centro imóvel de onde as sombras se fazem vida nova e de onde mais não podem escapar…
 
Será o centro da vida o que te motiva a continuar… esse algo que avança e fulmina a duvida o medo e a falta de opção de querer perseverar?
 
 
Será esta a arte de que te estou afalar?
 
Essa que se ergue e reergue – como uma ave branca – inflamada pela força em ti guardada – esperando assim se libertar?...
 
E assim de novo erguida, assim de novo reforjada – a verdadeira espada do teu ser – em transformação por devoção – caminho lento… por vezes não…
 
Quando és parte do vento em turbilhão… quando danças as danças das árvores além do tempo… ou quando – entre o silêncio – ouves a voz da luz do luar, a palpitar a pousar em tua mão… e te tocar… a te fazer luzir – num mesmo e claro lugar… uma mesma forma de agir… uma mesma luz a se manifestar…
 
E entrelaçar – entre as ondas e o mar – essa prata viva – e ver a árvore branca que não se esfuma – entre a espuma que assim em redor de ti gira…
E ver essa ave – essa fénix renascida – num dourado de sol – que desce por amor – por entre um vale de verde dourado que assim se anuncia… em ti e em mim – a mesma sina – a mesma forma de vida, a  mesma devoção incontida – por vezes num canto de silêncio sustida por vezes – sempre – uma explosão de luz e de cor… tantas vezes sentida… sem poder ser traduzida… sendo assim uma e a nossa mesma forma de vida…
 
Assim se existe um qualquer Dragão – que seja sábio além da voz do trovão – que tenha traduzida em si – a luz do relâmpago, em si contida a força que sustenta o seu próprio canto… e o encanto de se existir… e entrelaçar – no ar – e pairar… e suspirar sem se deixar levar – pelo poder de ter, pelo poder de destruir a razão de ser… de assim voar, pairar e manifestar a essência da vida que se mostra – pristina para quem assim aprender a amar…
Ou a “ensinar”…
E não deixe de fazer – seja de uma ou outra forma de o saber fazer… e assim o ser – partilhar
 
… ao mesmo tempo como os pés no chão – garra de tigre ou opção por devoção – aquele e aquela que assim se assume e que mantém a atitude – essa que se falava de início… suave como a brisa e a asa de garça… transparente como uma cobra branca… que desliza… e se enrola… e sobre a agua paira…
Forte como rocha… vivo como cristal – que palpita dentro de nós e purifica a força viva a manifestar…

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