sexta-feira, 16 de maio de 2014

Devoção - esperança na arte marcial... punho e coração - Pt - V - a síntese


PT V – o caminho da síntese – Harmonia a Devoção – refazendo mundos internos entrando em coerência com  a “Universal Razão”… formas de traduzir a “Opção do Coração”…

 

E sendo assim Síntese de vocação Universal… seja éter seja vida, seja a madeira da árvore viva.. seja assim parte desta arte Marcial – forma de vida – manifesta – mais não contida – em qualquer estilo ou forma particular – partilhada de forma escrita como forma de se aproximar, vivida em forma ou “Dao” – virtude que paira no ar – transformando – o ser em vida – enquanto vida houver por partilhar… por viver,  experienciar… por praticar e ser – em qualquer lugar que seja – “privilégio” para se pisar…

 

Por ser como “um templo discreto” quando se consagra com aquilo que se sabe, com aquilo que se ama, como aquilo cuja voz – por dentro clama e proclama – o que de nós há de melhor – refinando com sua força viva e seu fogo de amor – as tais impurezas de “opção”… como o oleiro que retira – pequenas peças entre o barro que brilha – enquanto o trabalha com a Sua mão.

 

A peça e oleiro a mesma entidade são… manifestam-se de formas diferentes dependendo de quem vê e quem não.

… ao mesmo tempo um Ser que – sublime – por dentro se exprime – sem que se saiba bem – como, quando – aquém ou além – e se mostra e demonstra – para salvaguarda da vida e da harmonia – essa que se procura em vida, como uma forma de manifestação – dessa outra Harmonia sonhada, ansiada:

 (lentamente burilada para ser apenas aquilo que se encontra em cada passada dada – na direcção “certa” –a do coração que – por dentro ampara, e se mostra na via escolhida e na paisagem reflectida para quem assim avança… por vezes uma forma estranha – “esquisita” – esperando ser bem interpretada – como um a peça de vida – aparentemente desencaixada – que no momento certo, depois de uma opção errada – dá de si o dó de peito e mostra a promessa que tinha escondida – mais não velada).

 

Eis “a” que  se transforma – dia a dia – no caminho que se faz, na escolha da sintonia de se mostrar assim 2audaz”… entre a melodia do dia – encontrar algo da “magia2 que por dentro nos perfaz… e transformar essa força viva em movimento… em canto silente… em poesia … em algo que diga e concretize de forma mais não vazia – essa tal Vida que suspira – noite e dia… que se entrelaça – nos teus cabelos e te abraça – sem novelos – além do que p tempo traz… e te introduz – lentamente – nesse algo que – transcendente – por dentro te convida a voar…

 

Seja o nome que lhe quiseres dar… estará além do nome e do tempo e daquilo que o tempo puder falar… e assim – tu estarás… assim também serás… em cada elemento

– um mesmo firmamento de luz encontrarás…

são promessas que pairam no vento que se espiralam além de qualquer fundamento e que são Fundamento da Vida que assim – em ti.. em mim -  se compraz…

Ao “ver-nos” caminhar.. ao “ver-nos” celebrar… ao ver-nos partilhar essa alma cheia de brio.. esse fogo amigo – que sabe abraçar – que sabe acolher que sabe congregar… esse o fogo branco vivo que se pretende aqui descrever – sem no entanto conter… ou assim definir ou deixar ir para uma qualquer linha a apagar…

 

 na alegria que compraz, nesse canto sublime se refaz – entre a água que se exprime – na luz que se reflecte mais não se reprime, entre as árvores canta e naquilo aquilo que as folhas em si contam os pássaros espalham…

Ecoa em ti e em mim… e nos trespassa… entregando-nos assim a essa força – que é em ti e em mim – e que por dentro não cala…

 e se mostra e se esvai assim… como a ave de um “eterno jardim” que é asas branca da garça que assim nos fala… que é a serpente de jasmim que nos engalana… que é um tigre guardião de que o coração se mantenha nessa viva chama…

que é o fogo maior – por amor ou louvor – que por devoção mantém viva arte de quem assim te fala… essa arte “marcial” – que – por ser devocional – também não … nem princípio… nem final…

…nem se faz  em si um algo de si mesma vazia… nem se alia.. ao que possa ser para aleijar – essa chama por dentro querida- que nos anima e motiva a perseverar – sem perder o rumo… a levantar – quando o tempo e o prumo – se esvaem – a seguir e optar:

 – ainda que quem o faça ainda o faça de forma incipiente ou irregular –

caminhar… sabendo que primeiro se pode assim gatinhar… optar, acertar e por vezes – também falhar -  e aprender lentamente a correr – e quem sabe – um dia em fim – sim ... enfim voar…

– nessas asas de vento que por dentro – já se sentem a esvoaçar…

 

Seja assim que se faça - em cada passo partilhado – compartido – nunca esquecido,  ainda que o tempo e o enquadramento pareça deixar-nos de lado…

 

Uma vez esse caminho – por dentro abraçado – ainda que, por fora, pareça – por vezes esvaído, esquecido ou largado…

se por devoção encontrado, se por força de abraço e entrega de razão assim desperto e assim de novo evocado –

 como o tal lume renascido, como Sol esquecido na noite dos dias e na Aurora dos momentos nos que mais não crias assim desperto -  e no Meio dos teus dias -  Assim celebrado – como o Sol se ergue  ao meio dia e assim se mostra quando se julgava escondido depois do ocaso…

de novo se ergue o teu, o meu grito interno – como a ave Fénix  de que se falava… a que por dentro  se guarda – para quem  se mostre em síntese interna e caia – e se erga e se levante…

prevaleça por sobre o ruido das ondas de um mar de amar inquietante – e se transforme – dia a dia – numa forma nova e forte – subtil pristina – de arte… o combate dos dias – será a dança de integrar-te… de integrar-se nessa dança viva que de todos nós faz parte…

Fazendo confluir – lentamente – os elementos desde sempre em si latentes…

esperando…

o momento silente

– no que despertem… na forma corrente… na fluidez além do poente…

Depois de terem assim – sido unificados… – peça a peça – consagrados…

Apareça o algo diferente – algo que assim – por fora e por dentro em nós prevaleça –

E pareça assim diferente a tal força convergente  – se a convergente força que por dentro alimente- o nosso sonho vivo – estiver assim presente

Desperta,  essa é a arte viva em ti e em mim – nosso vivo Presente…

 

o resto é cultivar – esse jardim onde essa semente possa pousar… ou assim possa encontrar lugar e - germinar – seja num lugar qualquer – seja nesse templo vivo, por quem assim saiba pisar- seja num espaço de privilégio amigo, entre amigos para se bem partilhar…

para quem, por quem – esse  espaço de privilégio para praticar assim puder encontrar…

 

e a arte de devoção puder assim divulgar – sem mais fazer promoção nem assim pretender mascarar – uma força viva – que paira e se entrelaça no ar – perseverar na via – seja interior por amor – seja exterior para assim poder manter sem divagar…

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