quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mestre Nelson Barroso - Conceitos da Prática de Chi Kung - PARTE III


Chi Kung: Energia, Saúde e Vitalidade - "As 18 Mãos de Buda"
Mestre Nelson Barroso



"pág 32:

4. Conceitos da Prática de Chi Kung







-Pratique chi-kung regularmente, num local bem arejado, cuja temperatura seja agradável.

Tal como referido nos pontos anteriores... é a cadência de repetição, entrega, dedicação com atenção constante ao exercício que vão reconstruíndo o sentido do exercício no interior.

Assim, a prática assídua - além de trazer todos os benefícios -  físicos, mentais e de bem estar geral - ajudam a que, gradualmente, o praticante comprometido vá subindo degrau a degrau no seu nível intrínseco de reconhecimento.

Praticar Chi-Kung, como um "bom banho" implica despojar-se (seja pela respiração, seja pelo movimento e até transpiração) daquilo que é "velho" (para o efeito, através da fisiologia conseguimos desenvolver e promover os mecanismos de "excreção" ou "depuração" inerentes de uma forma sistemática, simples e acessível) e incorporar novos elementos que substituam os anteriores.

Daqui que - para uma mente pragmática e ocidental  o que entendemos por "bom chi" enquanto factores "externos" prende-se com ar renovado e de origem natural (o mais próximo da fonte: árvore ou mar), luminosidade natural (preferencialmente uma que promova a produção de Serotonina - neurotransmissor importantíssimo na regulação do humor - e que se encontra aliada à luz solar), um espaço amplo ou linha de horizonte com limite (de forma a relaxar o cristalino e permitir uma experiência abrangente da série de movimentos/ forma) e - claro - uma temperatura adequada para que a atenção e os processos fisiológicos naturais se encontrem puramente vinculados à renovação orgânica que se depreende da prática do Chi-Kung.






- A respiração deve ser executada de maneira natural, suave e sem esforço.

Tal como referido em pontos anteriores, relativamente aos movimentos seres gráceis e - ao mesmo tempo - não forçados, aqui assinalamos que a respiração - sendo um "movimento interno" deve corresponder ao padrão natural de harmonia e - lentamente - ir acompanhando a evolução do praticante à medida que aprofunda a experiência de si através dos exercícios e formas várias disponíveis para o ajudar no seu processo individual.

Respirar é literalmente abrir-se para a vida, permitindo que a mesma nos tome e entrelaçando o nosso ser com algo que nos premeia, nos anima e para o que - a maioria das vezes - ainda nos sentimos em estado de alheamento.

O processo de REINTEGRAÇÃO inerente ao movimento, respiração e consciencialização implicam esta aproximação - serena, pausada: 

para que o praticante a possa apreciar, sentir e apreender, de uma forma que traduza em termos interiores,  a grande felicidade de ser parte do todo indivisível que é a VIDA por inerência e que o praticante traduz nas suas formas elementares: 

movimento harmónico, respiração fluída e organização/ pensamento consciente e sereno.

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